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Oi, leitor,tudo bem?
O Brasil é o país que mais consome antibióticos nas Américas. No mundo, ocupamos a 17ª posição, com uma média de 22 doses diárias a cada 100 mil habitantes.
Esse dado é da Organização Mundial de Saúde e veio no ano de 2020 junto com um alerta: o uso excessivo e inadequado de antibióticos é a principal causa de resistência antimicrobiana.
Ou seja: quanto mais antibiótico a gente toma, menos o nosso corpo está resistente a superbactérias, por exemplo.
A OMS prevê que até 2050, 10 milhões de pessoas podem morrer no mundo todo por bactérias resistentes a medicamentos.
Mas esse não é o único mal que os antibióticos podem causar.
Antibióticos: cura ou causa de doenças?
Um estudo americano divulgado em janeiro deste ano, super recente, mostrou que o antibiótico pode favorecer o aparecimento de doença inflamatória intestinal.
Os dois tipos mais comuns dessa doença são a colite e a doença de Crohn - ambas, tipos de inflamações no intestino.
Na colite, úlceras nascem nas paredes do intestino causando incontinência, diarreia, fezes com sangue e cólicas.
No Brasil, Crohn inclusive é considerada uma doença rara até este momento. Ela pode causar uma espécie de estreitamento do intestino, o que pode levar a obstrução intestinal, dor abdominal e constipação.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Nova York, para pessoas entre 10 e 40 anos, o risco de desenvolver essas doenças depois de tomar antibiótico aumenta em 28%. Para quem tem 60 anos ou mais, essa chance aumenta 47%.
A chance cresce mais se a pessoa tomar antibiótico em mais de uma oportunidade, podendo chegar a 69% em quem tomou 5 prescrições ou mais.
A notícia menos pior é que o risco cai com o tempo e, em cinco anos, chega a apenas 13%.
O médico Mikhael Marques afirma que a questão das superbactérias é preocupante, mas alerta para riscos do dia a dia, mas menos conhecidos.
"As bactérias vão ficando resistentes cada vez que é usado o antibiótico. Mas tem outros problemas menos conhecidos como a disbiose por exemplo. Vai gerar um desconforto gastrointestinal, diarreia. Tive o caso de uma paciente que chegou até desidratada ao consultório por causa de um tratamento com antibióticos", afirma.
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A bula "amedrontadora" do mais vendido
Mais popular medicamento antibiótico no Brasil, a amoxicilina, usado no combate de diversos tipos de infecções, tem os efeitos colaterais descritos na bula.
Entre os efeitos colaterais descritos na bula estão diarreia, náusea, vômito e até condições mais graves como a candidíase e a colite - conforme comprovado no estudo da Universidade de Nova York.
Infectada com Covid-19, a assistente social Ana Lúcia Burba, 52,está no sexto dia de Azitromicina, outro antibiótico na lista dos mais vendidos no Brasil. Ela conta que mesmo tomando apenas um por dia, sente os efeitos colaterais.
“A dor de cabeça e a tontura ficam o tempo todo. E só começaram depois que iniciei a Azitromicina. Nos 3 primeiros dias foi muita dor de cabeça e tontura, agora no sexto dia é que ambas melhoraram”, relata.
O paulista Lucas Santana passou por algo semelhante. Ele tem doença de Crohn diagnosticada desde 2010. A doença está controlada, mas ele diz que de vez em quando ainda precisa tomar antibióticos.
“Quando existe a necessidade de eu tomar algum tipo de antibiótico, eu sofro muito com efeitos colaterais, principalmente a diarreia. Às vezes dor de cabeça, ânsia de vômito. Sempre que eu tomo antibióticos, por algum motivo, parece que os sintomas da doença de Crohn acabam voltando de alguma maneira, mas quando paro com a medicação deixam de acontecer esses sintomas.”
Como "se livrar" dos antibióticos?
Segundo o Dr. Mikhael Marques a melhor saída para se ver livre dos males que podem ser causados pelos antibióticos é a prevenção de doenças.
"A gente tem que pensar em saúde e não só em doenças, em prevenção. Tem que repor vitaminas, saber qual vitamina tem que ser reposta, avaliar a qualidade dessa vitamina. Todo o estilo de vida, sono, a forma de pensar da pessoa e, claro, alimentação. Tudo isso é básico para se ter saúde", aconselha.
Ao lado de diversos especialistas, o médico Mikhael Marques também está entre os responsáveis pelo Jolivi Prime, assinatura mensal da Jolivi que todos os meses traz informações novas sobre como combater, prevenir e até curar as principais doenças que amedrontam as pessoas.
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O médico Mikhael Marques afirma que a questão das superbactérias é preocupante, mas alerta para riscos do dia a dia, mas menos conhecidos. 
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