Olá, investidor. O mau humor toma conta dos mercados globais nesta manhã carregada de eventos complexos e simbólicos, tanto no cenário econômico quanto no geopolítico. Na China, permanece a preocupação com a desaceleração econômica diante da política de tolerância zero com a covid-19, que tem agravado problemas que já haviam sido identificados anteriormente. As exportações da China cresceram 3,9% em abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, em linha com as estimativas do mercado, mas significativamente abaixo do crescimento de 14,7% reportado no mês anterior. As importações, por sua vez, se mantiveram estáveis. Diante da desaceleração da atividade na China, hipótese que já havia sido levantada em meio à crise do setor imobiliário no país, cresce o receio de queda da demanda por commodities, como o minério de ferro, pela indústria chinesa. Além disso, os lockdowns rigorosos em grandes centros urbanos e comerciais têm contribuído para a diminuição da demanda por combustíveis na China, permitindo certo alívio nos preços do petróleo. Se na China o destaque fica para os indicadores econômicos, na vizinha, Rússia, merece atenção o cenário geopolítico. Para os russos, 9 de maio marca a vitória da União Soviética sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial, um dos eventos mais importantes do século 20. Durante as celebrações do Dia da Vitória em Moscou, capital do país, o presidente Vladimir Putin afirmou que a invasão à Ucrânia foi "a decisão certa na hora certa", e classificou o ataque como "uma resposta preventiva à agressão". Putin também acusou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de criar ameaças na fronteira russa e teceu duras críticas ao Ocidente. Por fim, os investidores seguem atentos à condução da política monetária nos Estados Unidos, aguardando a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), na quarta-feira (11), e do Índice de Preços ao Produtor (PPI), na quinta-feira (12). Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre os resultados do banco Bradesco referentes ao primeiro trimestre de 2022. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário