Olá, investidor. Os mercados globais se preparam para receber a decisão do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA) para a taxa de juros nos Estados Unidos. Todos os fatores apontam uma elevação dos juros em 0,5 ponto percentual, para o patamar entre 0,75% e 1% ao ano, uma aceleração com relação à alta anterior, de 0,25 ponto percentual. O mercado aguarda ansiosamente a coletiva de imprensa que ocorre após a reunião, durante a qual espera-se que sejam fornecidas mais informações sobre qual deve ser o ritmo de alta dos juros nos próximos meses. Com a subida dos juros nos Estados Unidos, investidores de todo o planeta adotam uma postura mais cautelosa, evitando a exposição aos ativos de alto risco. Esse movimento tende a prejudicar ações de empresas em fase de crescimento, que dependem de crédito para financiar suas operações e tendem a reportar resultados mais fracos do que as companhias já consolidadas. Além disso, a alta dos juros na maior economia do planeta contribui para a retirada de investimentos em países emergentes, como o Brasil, uma vez que torna a renda fixa norte-americana mais atrativa. Por aqui, o mercado monitora a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com expectativa de elevação da Selic - a taxa básica de juros - em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, já vinha sinalizando uma subida dos juros dessa magnitude nos últimos tempos, mas ainda não se sabe se o atual ciclo de alta será encerrado após essa reunião, ou se novas elevações da Selic estão no radar para os próximos encontros. Com tudo indicando que tanto o Fomc quanto o Copom devem confirmar as projeções do mercado no dia de hoje, as atenções dos investidores se voltam para o que as autoridades responsáveis pela política monetária de ambos os países têm a dizer sobre os próximos passos. Enquanto perdura a indefinição, a cautela toma conta dos mercados globais. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre os resultados da farmacêutica Pfizer no primeiro trimestre de 2022 e quanto ela ganhou com a vacina da covid-19. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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