Coca-Cola, Ypê e Italac seguem como as marcas mais escolhidas pelos brasileiros, segundo a 10ª edição do ranking Brand Footprint, elaborado pela Kantar. O estudo aponta que a Coca-Cola foi escolhida 564 milhões de vezes no país em 2021. Em segundo lugar, a Ypê foi escolhida 540 milhões de vezes. A Italac ficou novamente na terceira posição, ao ser escolhida 338 milhões de vezes. O levantamento avaliou 350 marcas e analisou 11,3 mil lares brasileiros, que representam 82% da população domiciliar e 90% do potencial de consumo do país. O ranking leva em consideração a frequência (número de vezes que a marca é escolhida no ponto de venda) e a penetração (alcance da marca). Confira as dez marcas mais consumidas pelos brasileiros segundo o Kantar Brand Footprint 2022: - Coca-Cola (refrigerantes) - 564 milhões
- Ypê (higiene e limpeza) - 540 milhões
- Italac (leite e derivados) - 338 milhões
- Perdigão (frios e congelados) - 330 milhões
- Seara (frios e congelados) - 281 milhões
- Piracanjuba (leite e derivados) - 270 milhões
- Sadia (frios e congelados) - 268 milhões
- Maratá (sucos e refrescos em pó) - 266 milhões
- Colgate (produtos bucais) - 264 milhões
- Nissin (macarrão instantâneo) - 241 milhões
Pódio inalteradoÉ o terceiro ano consecutivo em que o pódio não se altera. A Coca-Cola lidera o ranking no Brasil desde sua primeira edição, em 2012. Nas dez primeiras posições, a única mudança foi a entrada da Seara, na quinta posição —a Soya deixou o top 10. Por que as marcas seguem como as mais escolhidas, mesmo com a crise econômica, que poderia fazer o consumidor mudar suas escolhas? "O resultado é fruto da combinação de presença e frequência nos mercados brasileiros. Ter mais categorias, mais linhas, é extremamente importante. Além disso, a presença geográfica, por meio de uma forte distribuição, é fundamental. O grande desafio de outras marcas é ter capilaridade. Falar com públicos diversos, com diferentes tamanhos de família e classes sociais, também faz a diferença", diz Elen Wedemann, CEO da divisão Worldpanel da Kantar. Para Marcelo Bicudo, CEO da consultoria Superunion, a força do marketing também conta muito para que elas continuem na liderança. "O posicionamento e a comunicação das empresas favorecem a lembrança de marca. Ou seja, o branding ajuda muito para que as marcas entrem na lista de compras antes mesmo de os consumidores chegarem ao ponto de venda", declara. Construção de marca a longo prazoLaura Miloski, diretora executiva de operações da consultoria Interbrand, vai na mesma linha. "O que mantém essas marcas no topo, em geral, tem a ver com a construção do posicionamento delas no longo prazo. São marcas que vão além de uma campanha: respondem ao que o consumidor quer. Assim, se tornam relevantes. Possuem clareza ao transmitir o seu propósito. E, normalmente, ele causa um impacto real na vida das pessoas", afirma. Bicudo lembra o momento econômico do país. "É importante notar também o contexto inflacionário que vivemos. Marcas com grande volume tendem a ter preços mais acessíveis, o que faz bastante diferença na preferência. Em momentos de crise, as pessoas se apegam emocionalmente às marcas mais conhecidas", diz. "Ao contrário do que se imagina, as marcas consideradas premium não perdem tanto espaço na crise. Como elas, geralmente, são as mais confiáveis, acabam ganhando espaço na cesta de compras do consumidor", diz Wedemann.
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