O meme, que veio da boca da carioca Cariúcha, é cada vez mais uma realidade, à medida que mais e mais mulheres estão abrindo mão de artifícios que não nos deixam confortáveis e descobrindo beleza em detalhes naturais do corpo, como os pelos. — Em reportagem especial desta semana, Universa ouve quatro mulheres que abriram mão da depilação nas axilas e na virilha sobre seus processos de aceitação dos pelos: "Me depilei pela primeira vez aos 10 anos, depois que um menino disse que meu corpo lembrava o de um lobisomem. Senti que não era uma coisa que eu fazia porque queria, mas por medo de julgamento externo", lembra a estudante Júlia Motta de Brito, de Salvador, que aparece na foto que abre esta newsletter. — A matéria também explica a importância dos pelos para a nossa saúde e questiona o padrão de beleza "lisinho" que estamos acostumadas a abraçar. E por quê? "É preciso repensar a hierarquia social (e sexual!) entre homens e mulheres para mudarmos esse cenário", sugere a socióloga e ativista feminista Jéssica Petit. — A "necessidade" de usar salto e sutiã também veio à tona nos últimos dias, depois que Jessi, do BBB, contou a colegas de confinamento que não usa nem um dos dois. A professora tem apenas um sutiã, que usa em sala de aula. Fora da escola, nem pensar. Assim como ela, outras mulheres também estão abandonando as peças, e disseram a Universa porque tomaram essas decisões. "Há um tempo, era impossível para mim sair sem sutiã, mas, agora, não fico incomodada. A questão sempre foi o conforto. O ferrinho do sutiã me machucava, feria a minha pele, me marcava e apertava. Não era nada legal. E sempre que usava salto, meus pés doíam muito", contou a também professora Nayara Cezário, de 23 anos. Difícil não se identificar, né? Claro que todos esses artifícios - depilação, sutiã de bojo, salto alto, maquiagem - também podem elevar a autoestima e fazer a gente se sentir melhor, mas é importante que façamos a pergunta: isso me deixa confortável? Vale refletir! |
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