Olá, investidor: Na terça-feira (8), o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), trazendo um tom mais duro do que o esperado, o que fez com que o mercado reajustasse suas projeções para a Selic - a taxa básica de juros. Na reunião, a taxa foi elevada em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, e o Copom sinalizou que deve desacelerar o ritmo de alta dos juros a partir do próximo encontro. Na ata, porém, o comitê já projeta que a inflação deve fechar 2022 com alta acumulada de 5,4%, acima do teto da meta, de 5%. Assim, na tentativa de conter a alta dos preços, o Banco Central deve efetuar ao menos duas novas elevações da Selic, de 1 ponto percentual na próxima reunião, para 11,75% ao ano, e de 0,5 p.p. no encontro de maio, para 12,25% ao ano. Entretanto, para determinar até onde deve se estender esse movimento de alta dos juros, o mercado monitora os dados de inflação ao consumidor nos primeiros meses do ano, que podem ou forçar o BC a adotar uma postura ainda mais rigorosa, ou sinalizar a possibilidade de relaxamento da política monetária antes do esperado, o que abriria caminho para o início de um ciclo de baixa da Selic ainda neste ano. Portanto, os investidores brasileiros repercutem a alta de 0,54% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o índice oficial de inflação - em janeiro, ligeiramente abaixo das projeções, que indicavam alta de 0,55% no período. Tendo vindo em linha com as estimativas, o indicador reforça a projeção de inflação acima da meta neste ano. Entretanto, o impacto da alta da Selic sobre os preços deve ser sentido de forma mais intensa próximo da metade do ano, podendo surpreender positivamente o mercado. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a negociação entre a empresa de shopping centers brMalls e a Ancar. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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