A Mesa Diretora da Câmara tem hoje 29 procedimentos contra deputados esperando análise e decisão para ver se vão ser ou não enviados ao Conselho de Ética. Acontece que, como o UOL já noticiou, o colegiado, responsável por analisar punições e orientar a cassação de mandatos, está parado há mais de um ano e já tem outros 13 casos parados. Via Lei de Acesso à Informação, o repórter do UOL Guilherme Mazieiro teve acesso às representações, que dependem de uma votação por maioria simples dos sete integrantes da Mesa. Se o órgão máximo da Câmara entender que há indícios de irregularidades, os requerimentos vão para o Conselho de Ética — se não, são arquivados. Na prática, o que acontece é que, mesmo que a Mesa Diretora decida encaminhar uma queixa ao Conselho de Ética, o pedido nem sequer vai ser recebido. Nessa situação estão nomes como a deputada Flordelis — acusada pelo Ministério Público de ser a mandante do assassinato do marido — e Wilson Santiago (PTB-PB) — que teve o afastamento rejeitado pela Câmara em fevereiro. Ambos recebem salário de R$ 33,7 mil, seguem com assessores contratados pela Câmara e podem usar verbas de gabinete para exercício do mandato. Isso sem esquecer casos de quatro deputados supostamente envolvidos em atos antidemocráticos no país: Bia Kicis (PSL-DF), Aline Sleutjes (PSL-PR), Guiga Peixoto (PL-BA) e General Girão (PSL-RN).
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