O estudo da fase 3 da CoronaVac, vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac e trazida ao Brasil em parceria com o governo de São Paulo, atingiu o número mínimo de voluntários infectados para poder ter a análise de sua eficácia realizada. A expectativa do Instituto Butantan, patrocinador da pesquisa no país, é de que o Comitê Internacional Independente, que acompanha o ensaios, analise esses dados e possa divulgar na primeira semana de dezembro a eficácia da vacina. De acordo com os pesquisadores, agora é possível abrir os resultados dos estudos para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ainda precisará aprovar o registro da vacina. Também ainda não se sabe se a CoronaVac será ou não adquirida pelo Ministério da Saúde para que a distribuição se dê pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) prevê a produção de vacinas contra a covid-19 em dezembro e janeiro, e a disponibilização de doses em março, após submissão a órgãos de vigilância sanitária, segundo informou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da fundação, Marco Krieger. O Ministério da Saúde e a Fiocruz assinaram um memorando de entendimento com o laboratório britânico AstraZeneca, que desenvolve o imunizante junto com a Universidade de Oxford. Enquanto as vacinas são produzidas, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que 6,86 milhões de exames comprados pelo Ministério da Saúde perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021 e podem acabar no lixo. O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que são governadores e prefeitos, e não o governo federal, quem deve explicações os testes "encalhados". O vice-presidente Hamilton Mourão, ao ser questionado sobre o assunto, disse "não estar ciente" e que cabe ao ministério apresentar os esclarecimentos. Segundo os conselhos de secretários municipais (Conasems) e estaduais de Saúde (Conass), o ministério não entregou todos os kits de testes e máquinas para automatizar a análise das amostras que havia prometido.
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