Bom dia!
A véspera de feriado nos Estados Unidos, que celebram amanhã o Dia de Ação de Graças, sobrecarrega a agenda de indicadores nesta quarta-feira. O mais relevante é o PCE, a medida de inflação usada pelo Fed para calibrar a taxa de juros do país.
O dado mais recente, referente a setembro, mostra que os preços nos Estados Unidos haviam avançado 2,1% no ano, muito próximo da meta perseguida pelo Fed, de 2% ao ano. A dúvida, porém, é se a tendência permanecerá, questionamento que ganhou mais força após a eleição de Donald Trump. Esse passa a ser o fator-chave para o futuro da política monetária nos Estados Unidos. O Fed mostrou que tinha os instrumentos para fazer a inflação retroceder – a dúvida é qual o tamanho do esforço com um eventual aumento de gastos e produtos importados mais caros nos Estados Unidos.
Para além do PCE, os EUA divulgam ainda a segunda leitura do PIB do segundo trimestre e os pedidos semanais de seguro-desemprego, uma medida que ajuda a ler a solidez da economia americana após o prolongado aperto de juros por lá.
De qualquer forma, investidores tendem a se mover com cautela em véspera de feriado, o que ajuda a explicar a queda nos índices futuros nesta manhã, isso após o fechamento recorde de Nasdaq e Dow Jones no pregão de ontem.
Já na Europa, os índices da zona do euro continuam a mostrar o receio de investidores sobre uma eventual maior taxação de produtos europeus que entram nos Estados Unidos, na sequência da investida de Trump contra México, Canadá e China. Há ainda a desvalorização do euro, sob a expectativa de novas quedas na taxa de juros no bloco.
No Brasil, o destaque é o relatório do Caged, que mostra as condições do mercado formal de trabalho. O EWZ, fundo que representa a bolsa brasileira em Wall Street, começa a manhã em alta, mostrando que o Ibovespa pode estender os ganhos registrados na véspera. É uma aposta incerta, dado que investidores continuam a pressionar Brasília para a divulgação do pacote de corte de gastos. Bons negócios.
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