Bom dia!
As bolsas globais estão em festa: dos futuros em Nova York até a China, os principais índices de ações do planeta registram alta firme neste começo de quinta-feira, uma celebração ao corte de juros nos Estados Unidos.
Ontem, o Fed entregou uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa, que agora está em 5% ao ano (considerando o teto). E, pela indicação dos dirigentes, o BC americano poderá ceifar os juros em outro 0,50 ponto percentual até o final do ano. Essa é, de qualquer forma, uma questão ainda em aberto. O Fed se reúne mais duas vezes até a última folha do calendário cair.
Os futuros do S&P avançam 1,54% nesta manhã, enquanto o Nasdaq ganha mais de 2%. Isso porque a queda de juros indica duas coisas: 1) que o dinheiro está mais barato e há mais espaço para se mover a investimentos de risco; e 2) que a economia americana terá mais chances de evitar uma recessão.
O Brasil também acompanha essa onda. O EWZ, que funciona como pré-mercado do Ibovespa em Nova York, avança 1% nesta manhã.
Por aqui, o BC brasileiro entregou exatamente o que a Faria Lima pediu: a Selic subiu 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, em uma decisão unânime. O comunicado enfatizou que a economia brasileira continua sólida e que a inflação está resiliente, daí a necessidade de elevar os juros. O BC virou seu leque de preocupações para o cenário doméstico, afirmando que um dos riscos para a entrega da inflação na meta vem da política fiscal – até o último encontro, havia mais peso para o ambiente internacional. E deixou a porta aberta para mais altas, sem compromisso com a manutenção do ritmo.
Tudo o que o mercado financeiro vinha pedindo. Seguindo a lógica americana, a bolsa brasileira deveria cair. Afinal de contas, o dinheiro está mais caro e os ganhos com renda fixa estão absurdamente generosos.
Mas o viés para a bolsa, segundo as corretoras, segue de alta. Os estrangeiros estão voltando e ajudam a equilibrar essa balança – sem falar no dólar, que finalmente começa a se distanciar dos R$ 5,50. Bons negócios.
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