Bom dia!
A sexta-feira chegou e tende a trazer alguma paz a investidores após sobe e desce dos mercados. Mas essa é uma semana que só acabará de verdade na próxima quarta-feira. É quando, nos EUA, o Fed divulga o primeiro corte de juros desde a pandemia. E também o dia em que o BC brasileiro pode atender aos anseios da Faria Lima e voltar a subir a taxa Selic.
Esse é o samba de uma nota só de investidores, que ficam tentando se distrair com indicadores econômicos menos relevantes – mas que ajudam a contar uma história.
No caso dos EUA, os dados de inflação divulgados durante a semana indicam que ambos cortes, de 0,25 ponto percentual ou de 0,50 p.p., podem ser os mais adequados. Depende do gosto do freguês. Quem se atentou ao CPI, a inflação oficial americana, em 2,5% em doze meses, diz que há espaço para o corte maior. Quem focou nos dados do núcleo de inflação, que desconsidera preços mais voláteis, como alimentos e energia, fica com a redução menor. Nisso, a expectativa segue.
O mesmo vale para o Brasil. O IBGE mostrou que o país registrou deflação em agosto, e a inflação em doze meses retrocedeu do teto da meta para 4,24%. Seria uma justificativa para manter ou subir menos a Selic. Por outro lado, dados da atividade econômica, como as pesquisas de comércio e serviços, mostram que continuamos crescendo de forma robusta, o que poderia realimentar a inflação. Nesta sexta, o Banco Central publica o IBC-BR de julho, que ajuda a fundamentar o storytelling de investidores, ainda que tenha peso menor sobre os movimentos do Ibovespa.
Sem essas decisões, a expectativa continua, seja dia útil ou final de semana. Nos EUA, a espera é com P 500, principal índice acionário do planeta, deve terminar a semana com valorização. Os futuros das bolsas americanas estão em alta nesta manhã, confirmando a tendência,
Já o Ibovespa acumula baixa de 0,40% nesta semana e precisa pegar carona com Nova York se quiser zerar o jogo. Bons negócios.
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