O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou nesta quarta-feira (1º) que "há boas chances" de os brasileiros que estão na Faixa de Gaza serem liberados para deixar até sexta (3) o território palestino sob ataque. O diplomata alertou que a crise humanitária deve se agravar nos próximos dias na região, que, segundo Israel, já teve 11 mil alvos atingidos desde o início da guerra. O colunista Josias de Souza afirma que a retenção dos brasileiros em Gaza não faz jus aos esforços diplomáticos realizados pelo Itamaraty para conscientizar a comunidade internacional sobre a situação precária da população palestina em Gaza. E ele especula se o possível "nariz torcido" de Israel em relação à demanda brasileira teria relação justamente com esse papel diplomático. Leonardo Sakamoto critica os ataques israelenses ao campo de refugiados de Jabalia, que matou 50 palestinos, civis e crianças entre eles. Sakamoto denuncia a "ação estatal de tratar um território inteiro como inimigo por conta de um punhado de pessoas", comparando-a às operações policiais contra traficantes que indistintamente castigam a população civil das favelas cariocas. Ainda sobre os ataques que matam civis palestinos, Reinaldo Azevedo afirma ser "incompreensível" que não sejam criadas circunstâncias para essas pessoas saírem dos territórios sob ataque. E Wálter Maierovitch afirma que as mortes no campo de refugiados podem ter atrapalhado o progresso das negociações para a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo movimento extremista Hamas desde o ataque terrorista de 7 de outubro. Josias de Souza: Retenção de brasileiros em Gaza frustra novo esforço do Itamaraty Leonardo Sakamoto: Massacre de Israel em Jabalia foi como matar a favela para prender bandido Reinaldo Azevedo: Bombardeios que Netanyahu chama de 'cirúrgicos' matam inocentes Wálter Maierovitch: Tragédia em campo de refugiados em Gaza coloca reféns do Hamas em risco |
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