A espera pela liberação de pouco mais de 30 brasileiros que seguiam na Faixa de Gaza continuou nesta sexta-feira (3), 28º dia da guerra entre Israel e Hamas no território palestino. Israel anunciou ter completado o cerco à Cidade de Gaza, e os EUA pressionam os israelenses por uma "pausa humanitária" nos ataques para permitir uma possível retirada segura de reféns e a entrada de ajuda humanitária para a castigada população civil da região. Também nesta sexta, Israel atacou um comboio de ambulâncias; segundo o Hamas, 15 morreram. Para Josias de Souza, o fato de o Brasil ter sido ignorado nas três primeiras listas de estrangeiros que tiveram permissão para fugir para território egípcio faz crescer a suspeita de que há um "fator revide" na atitude de Israel, por conta da posição diplomática brasileira em relação ao conflito. Segundo Josias, quer isso seja confirmado ou não, a rotina dos brasileiros retidos em Gaza virou "uma calamidade em prestações". Já Wálter Maierovitch analisa o modo como Israel e Hamas usam as acusações mútuas de genocídio como armas de guerra. Para ele, à luz do direito internacional, comprovadamente os dois lados não cometem crime de genocídio, mas crimes contra a humanidade. E Leonardo Sakamoto comenta a deputada brasileira que postou uma imagem que representa palestinos como ratos. Sakamoto lembrou que a comparação de judeus com ratos foi usada pelo nazismo no século passado. A postagem da deputada, segundo ele, não incomoda apenas palestinos, mas também muitos judeus. "Isso não acaba com guerras, pelo contrário, as semeia, como já vimos na História", diz Sakamoto. Josias de Souza: Cresce a suspeita de que o 'fator revide' retém brasileiros em Gaza Wálter Maierovitch: Por que banalização do genocídio é arma no conflito entre Israel e Hamas Wálter Maierovitch: Por que mesmo com vitória em Gaza Israel não conseguirá eliminar o Hamas Leonardo Sakamoto: Zambelli copia estética de propaganda nazista associando palestinos a ratos Leonardo Sakamoto: Jornalista em Gaza desabafa: estamos aguardando a vez de sermos mortos |
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