Cerca de duas mil pessoas poderão ver de perto a taça da Copa do Mundo no Brasil. A ação, patrocinada pela Coca-Cola, levará consumidores para ver o troféu hoje (21) no Maracanã, no Rio de Janeiro, e domingo (23) no escritório da empresa em São Paulo. Os sortudos foram escolhidos pela própria marca. Segundo a companhia, foram contemplados os "mais engajados nas redes sociais". O tour começou em Dubai, em maio, e visitará, pela primeira vez, as 32 nações que se classificaram para a Copa do Mundo. A Coca-Cola é parceira comercial da Fifa desde 1976 - e é a 5ª vez que a marca promove o "tour da taça" pelo mundo, ação realizada antes das Copas de 2006, 2010, 2014 e 2018. Para entender um pouco mais sobre a parceria e as estratégias da marca para o Brasil, o UOL Mídia e Marketing conversou com Ted Ketterer, diretor de marketing da Coca-Cola Brasil desde maio deste ano. Confira: A chegada do tour da taça ao Brasil é o grande marco da campanha de Copa do Mundo da empresa no país. A ação acontece uma semana antes de uma eleição polarizada, que vem tomando a atenção da população. As pessoas já estão pensando em Copa do Mundo? A cada 4 anos a gente tem essa oportunidade de receber a taça da Copa do Mundo. É realmente um momento de conexão entre as pessoas. O Mundial vai além das 6 semanas dos jogos e pensamos em diversas experiências para os consumidores bem antes disso. Eu daria um passo atrás nessa questão, que vai além da Copa: nossa filosofia, o que a gente tem de "real magia", de que quando nos unimos para festejar, o mundo fica melhor. Em qualquer país, o tema de eleições é polarizante, mas a marca precisa mostrar que a magia acontece quando as pessoas se juntam para fazer coisas legais. Também não tenho pensado tanto neste timing de eleição. O futebol une as pessoas pela paixão - e a paixão pelo futebol está acima de tudo isso. O mundo tem atravessado uma recessão muito grande. Os preços têm aumentado e os consumidores têm feito novas escolhas, por produtos com preços menores. Como a marca trabalha com isso para não perder consumidores? | Ted Ketterer, diretor de marketing da Coca-Cola Brasil | Imagem: Divulgação |
Pensamos muito nisso. É sempre um tema difícil, porque a realidade de cada consumidor é diferente. Para mim, além das promoções, a gente também tem que oferecer um portfólio mais amplo. A gente tem que dar acesso às pessoas para que elas possam comprar nossos produtos. Dar diferentes possibilidades de embalagens para o consumidor é uma ideia. Os lançamentos das garrafas retornáveis estão nessa missão, por exemplo. Este final de ano será diferente, com Copa do Mundo e começo das férias escolares (é a primeira vez que a Copa será disputada entre os meses de novembro e dezembro). A marca está preparando um investimento maior para alcançar o consumidor, em um cenário de mídia cada vez mais fragmentado? Nós temos 3 fases desta parceria com a Fifa, que é muito importante para a gente. Primeiro foi a prévia, com as ações da campanha "Magia de Acreditar", que envolveram as figurinhas da Copa, por exemplo. É a primeira vez que temos uma página exclusiva dentro do álbum de Copa do Mundo, com 8 figurinhas especiais. Também tivemos as "promessas" gravadas nas latas de Coca-Cola Zero e agora temos os comerciais na TV. Você falou da parceria com a Panini. A gente teve uma febre antecipada das figurinhas da Copa do Mundo, um momento de excitação do brasileiro - só que os produtos ainda não tinham chegado às gôndolas, por exemplo [as figurinhas exclusivas da Coca-Cola estariam nas embalagens de Coca-Cola Zero]. Como foi lidar com essa polêmica? Foi até legal ver que a gente tem esse tipo de dinâmica, que as pessoas se conectam com este tipo de atividade. Seria bom estar no mercado antes, mas foi bom também gerar este tipo de ansiedade positiva. Achamos legal ver essa paixão das pessoas, que conecta com o fato de unir as pessoas pela paixão do futebol. |
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