| Leia um trecho da entrevista: "O antiesquerdismo entre os evangélicos é um fenômeno recente. Até as eleições de 2006 não se falava nisso. Marco Feliciano e Magno Malta, evangélicos, se davam bem com o PT. Na campanha de 2010, quando houve um grande debate em torno do aborto, começou o estranhamento. A ruptura aconteceu no governo Dilma. Ela entregou o Ministério dos Direitos Humanos a um grupo claramente favorável ao aborto e indicou para o STF ministros que também eram simpáticos a essa causa. Ficou claro, além disso, que a esquerda via as igrejas evangélicas como adversárias numa disputa pela consciência dos brasileiros. Há uma fala do petista Gilberto Carvalho, durante o governo Dilma, em que essa ideia está expressa com todas as letras. Aliás, até hoje você ouve gente lamentando que a esquerda "não tenha ocupado mais espaços na periferia antes dos evangélicos". Isso mostra que estão perdidos, que não entenderam nada. Além desses movimentos do lado da esquerda, posso citar outros dois fatores que contribuíram para o afastamento. Primeiro, existe o fato de que o Brasil recebe muita influência dos Estados Unidos, onde a consolidação de uma direita evangélica já aconteceu faz tempo. Cerca de 80% das leituras evangélicas vêm dos Estados Unidos. Outra influência, essa local, foi a de Olavo de Carvalho. Isso, a meu ver, foi muito estranho, porque ele costumava achar que os evangélicos eram revolucionários dentro do cristianismo, e por isso os criticava. Mas a influência acabou acontecendo." | |
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