Olá! A newsletter do TAB está de volta na praça para te ajudar a atravessar mais essa semana decisiva — e claro que não vai faltar política por aqui e tudo que orbita em torno dessa eleição, incluindo as voltas que esse Brasilzão dá. Nesta edição, trazemos o perfil do deputado federal Alexandre Frota, que afundou ao romper com o bolsonarismo, mas quer agora estar mais à esquerda. A gente também foi para as ruas pegar a fila de empréstimo consignado do Auxílio Brasil, que movimentou milhões de brasileiros na semana passada às vésperas da votação, e para entender a polarização política na classe médica no interior de São Paulo. Além disso, fomos atrás da onda da demissão silenciosa, o chamado "quiet quitting", e saber o que pensam, como vivem e como votam os moradores da cidade com o maior IDH do Brasil. Saca só: Saída à esquerda Ele já foi ator, astro pornô, participante de reality show, funkeiro, ídolo da direita radical, bolsonarista, ex-bolsonarista, tucano e, agora, faz campanha para Lula. Após amargar uma derrota nas urnas, Alexandre Frota resume assim sua condição: "Agora eu posso ser eu". Para o TAB, ele fala sobre seu engajamento em torno da campanha petista e diz que foi cooptado a ganhar R$ 50 milhões do orçamento secreto — mas garante que não aceitou. "Não saio pra jantar com eles [políticos corruptos]. Não saio pra comer puta com eles. Nunca saí pra festinha em Brasília." Demissão silenciosa Contamos a história de Flávia, uma publicitária que se identifica como "quiet quitter", expressão da moda no mercado de trabalho. Para especialistas, o fenômeno é consequência direta do comportamento de empregados e empregadores em tempos de lockdown e quarentena. Flávia, assim como muitos profissionais, deu um cavalo de pau e mudou radicalmente o ritmo de trabalho: só faz o que é solicitado, só trabalha no horário acertado, se nega a fazer horas extras ou assumir outras funções. O que os Stories não mostram Nossa repórter Marie Declercq conta a história de jovens que fizeram bichectomia, aquele procedimento cirúrgico que retira a bola de Bichat, tecido adiposo das bochechas, para afinar o rosto. Nos últimos anos, o procedimento bombou, mas o que não faltam são relatos dos efeitos colaterais, como envelhecimento do rosto e flacidez na face, olheiras, além de dores física e emocional — histórias e imagens que os Stories não costumam mostrar. O que São Caetano tem? Na cidade de maior IDH do Brasil, chefe e empregado não brigam por política. Nós fomos até São Caetano do Sul, no ABCD paulista, descobrir como vota quem vive ali. Spoiler: apesar da vitória de Bolsonaro no primeiro turno, os cidadãos sul-caetanenses levam com mais leveza a polarização. Entra na fila! TAB foi para a rua pegar a fila do empréstimo consignado do Auxílio Brasil em Belo Horizonte (MG), às vésperas do segundo turno. Entre fake news e desinformação, encontramos beneficiários endividados que estão comprometendo grande parte do dinheiro no pagamento de juros para os empréstimos — acreditando que serão, no futuro, perdoados da dívida. Doutores vermelhos O jornalista Rodrigo Ferrari ouviu médicos bolsonaristas e lulistas de São José do Rio Preto (SP), onde Bolsonaro teve 60% dos votos válidos, e Lula, 29%. Os "doutores vermelhos" são poucos (e sabem disso), mas, mesmo destoando da corrente, eles têm levado suas visões políticas e ideológicas a atos e encontros. A viúva do marinheiro Nesta reportagem escrita por Lucas Veloso, Uiara Duarte conta como tem lidado com a morte do marido, o ativista ambiental Ferrugem, da ONG Meninos da Billings, cujo corpo foi encontrado na represa no dia 6 de agosto — na semana passada, quatro jovens foram indiciados pela Polícia Civil por suspeita de homicídio triplamente qualificado. A última colônia penal Acompanhamos a transferência de um dos últimos pacientes da famigerada Colônia Juliano Moreira, que está sendo desativada no Rio de Janeiro. Maurílio Bellot, de 69 anos, passou duas décadas internado em manicômios e relembra os horrores vividos na instituição. **** Da newsletter de Daniela Pinheiro Na última edição, a colunista conversou com Alexander Stille, professor da Escola de Jornalismo da Universidade Columbia, em Nova York, sobre por que o centro e a esquerda não estão conseguindo manter a extrema-direita fora do poder. Para receber por email e ler na íntegra as próximas newsletters de Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui. |
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