Muitas pessoas estão sempre de olho em mudanças na alimentação que podem contribuir para ter mais saúde, reduzir o risco de doenças, controlar o peso, melhorar os resultados no treino. No entanto, é preciso cuidado. Alguns hábitos que parecem saudáveis, como consumir alimentos diet e zero açúcar ou tomar várias taças de vinho (pois a bebida faz bem para o coração) podem fazer mal. A seguir, mostramos algumas táticas de alimentação que as pessoas pensam ser boas, mas nem sempre são. Você pode ver outras na reportagem de Camila Mazzotto. 1 - Priorizar alimentos diet e zero açúcar Engana-se quem pensa que esses produtos são sempre as melhores opções só por estarem no "corredor de alimentos saudáveis" do supermercado. Elizabeth do Nascimento, professora do Departamento de Nutrição da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), explicou na reportagem de VivaBem que um alimento diet (ou seja, sem adição ou zero açúcar) não necessariamente tem menos calorias do que sua versão normal, pois o produto diet pode receber mais gordura para compensar a retirada do açúcar. Além disso, produtos light, diet, zero são ultraprocessados e podem conter grande quantidade de sódio, aditivos químicos, edulcorantes (adoçantes), que em excesso podem afetar a pressão arterial, desequilibrar o funcionamento do intestino e o metabolismo. Portanto, confira sempre a lista de ingredientes e a tabela nutricional. 2 - Trocar o prato de arroz, feijão e carne por salada É cada vez mais comum vermos por aí saladas que prometem ser uma refeição completa. E elas realmente podem ser muito boas. Porém, se você não tomar cuidado e pedir uma salada encharcada de molhos repletos de gordura e sódio, com batata palha, sem proteína etc., o saldo pode ser negativo. Além de oferecer mais gorduras e calorias do que um prato de arroz, feijão, carne e legumes, sua saladona pode gerar pouca saciedade (devido à pouca quantidade de proteínas) e fazer com que você sinta fome rapidamente. Portanto, se quiser trocar um "prato de comida" por uma salada, garanta que, além de vegetais como alface, rúcula, cenoura, vagem, brócolis, pepino, cenoura, tomate etc., ela tenha uma boa porção de proteínas (ovo, frango, carne ou atum, por exemplo) e evite molhos calóricos e outros ingredientes pouco saudáveis, como batata palha. 3 - Tomar shake de proteína após qualquer exercício Não é raro ver alguém saindo da academia sacudindo a coqueteleira com seu shake de proteína. Por mais que o whey protein e outros suplementos proteicos possam ajudar na recuperação e no ganho de massa muscular, não é todo praticante de exercícios que precisa consumir o produto. A necessidade de usar suplemento ou não depende da alimentação diária e da intensidade e duração da atividade física. Antes de gastar com shakes proteicos, consulte-se com um nutricionista. Com pequenos ajustes no cardápio, muitas vezes é possível ingerir a quantidade de proteínas que o corpo precisa só com alimentos. 4 - Tomar várias taças de vinho Embora a presença de substâncias conhecidas como polifenóis torne a bebida uma aliada para a saúde cardiovascular, é preciso lembrar que o vinho é uma bebida alcoólica. O excesso de álcool aumenta o risco de ter problemas no fígado, transtornos psiquiátricos, problemas gastrointestinais e até alguns tipos de câncer. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há um padrão de consumo seguro para bebidas alcoólicas. A recomendação para minimizar possíveis danos é nunca beber mais do que cinco vezes por semana, sendo que homens não devem ultrapassar duas doses em um dia e as mulheres, uma dose. |
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