Uma tabela distribuída pela Casa Civil da Presidência enumera 23 acusações frequentes sobre o desempenho do governo Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19. A coleta de dados do governo coincide com a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia no Senado, prevista para a próxima terça-feira (27). A tabela foi encaminhada por e-mail a 13 ministérios para que cada um produzisse e enviasse uma resposta à Casa Civil até a última sexta-feira (23). Cada ministério deveria dizer o que está fazendo ou o que fez a respeito dos temas críticos. Como todos os assuntos citados pelo próprio governo poderão ser alvo da Comissão, o trabalho da Casa Civil deverá funcionar como material de defesa durante a investigação parlamentar. O documento foi distribuído dentro do governo pela SAM (Subchefia de Articulação e Monitoramento) da Casa Civil. "Dando continuidade aos trabalhos iniciados na reunião situacional de ontem [segunda-feira, 19 de abril], que contou com a participação de representantes de alguns Ministérios, a Casa Civil realizará novas reuniões relacionadas às ações executadas pelo Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19. Neste sentido, será entregue em meio físico na Secretaria Executiva dos Ministérios envolvidos o documento com temas selecionados no intuito de que respondam, desde já, com as ações realizadas", diz a mensagem distribuída na quarta-feira (21). A tabela faz 23 afirmações e marca os ministérios que deverão respondê-las. O tema "genocídio indígena" é o que demandará a resposta de mais ministérios, num total de cinco. As afirmações feitas pelo governo são as seguintes, na íntegra: "1-O Governo foi negligente com processo de aquisição e desacreditou a eficácia da Coronavac (que atualmente se encontra no PNI [Programa Nacional de Imunização]; 2-O Governo minimizou a gravidade da pandemia (negacionismo); 3-O Governo não incentivou a adoção de medidas restritivas; 4-O Governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas; 5-O Governo retardou e negligenciou o enfrentamento à crise no Amazonas; 6-O Governo não promoveu campanhas de prevenção à Covid; 7-O Governo não coordenou o enfrentamento à pandemia em âmbito nacional; 8-O Governo entregou a gestão do Ministério da Saúde, durante a crise, a gestores não especializados (militarização do MS); 9-O Governo demorou a pagar o auxílio-emergencial; 10-Ineficácia do PRONAMPE [programa de crédito]; 11-O Governo politizou a pandemia; 12-O Governo falhou na implementação da testagem (deixou vencer os testes); 13-Falta de insumos diversos (kit intubação); 14-Atraso no repasse de recursos para os Estados destinados à habilitação de leitos de UTI; 15-Genocídio de indígenas; 16-O Governo atrasou na instalação do Comitê de Combate à Covid; 17-O Governo não foi transparente e nem elaborou um Plano de Comunicação de enfrentamento à Covid; 18-O Governo não cumpriu as auditorias do TCU durante a pandemia; 19-Brasil se tornou o epicentro da pandemia e 'covidário' de novas cepas pela inação do Governo; 20-Gen Pazuello, Gen Braga Netto e diversos militares não apresentaram diretrizes estratégicas para o combate à Covid; 21-O Presidente Bolsonaro pressionou Mandetta e Teich para obrigá-los a defender o uso da Hidroxicloroquina; 22-O Governo Federal recusou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer; 23-O Governo Federal fabricou e disseminou fake news sobre a pandemia por intermédio do seu gabinete do ódio." Segundo a tabela da Casa Civil, o Ministério da Saúde deveria responder a todos os itens, com exceção do 9, 10 e 11. O MCTI (Ciência e Tecnologia) responderia aos itens 1, 7, 9, 19 e 20. O MRE (Ministério das Relações Exteriores) cuidaria dos itens 1, 11 e 13. O MD (Defesa) ficou responsável pelos itens 5, 7, 8, 15 e 20. O MCOM (Comunicações) ficou com os itens 6 e 17. A AGU (Advocacia Geral da União) deveria responder aos itens 7, 18 e 23. O ME (Economia) ficou com as afirmações 8, 9, 10, 14 e 18. A Segov (Secretaria de Governo) deveria esclarecer os itens 9, 11, 12, 14, 16, 17, 19 e 20 - depois do Ministério da Saúde, foi a mais sobrecarregada com a tarefa das respostas. O Ministério da Cidadania ficou com os itens 9 e 10. O MJSP (Justiça e Segurança Pública) deveria responder aos itens 9 e 10. O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ficou com dois temas, 15 e 23. O MMFDH (Mulher, Família e Direitos Humanos) abordaria um tema, de número 15. A CGU (Controladoria Geral da União) também ficou com uma área, a de número 18. No final da tarde deste domingo (25), após a divulgação da lista pela coluna, o ministro da Casa Civil, o general da reserva do Exército Luiz Eduardo Ramos, confirmou à colunista do UOL Carla Araújo a existência do documento e disse as respostas vão ajudar na defesa do governo na CPI da Pandemia no Senado. Oscar 2021: Fique por dentro da principal premiação do cinema
Melhor filme, melhor atriz e melhor direção. "Nomadland" levou três estatuetas nas principais categorias do Oscar e sai como o grande vencedor da noite, na primeira edição da premiação que acontece durante a pandemia.
O filme de Chloé Zhao concorria em seis categorias e superou até mesmo o mais indicado da noite, "Mank", que disputava dez prêmios e só levou dois, fotografia e direção de arte, considerados técnicos.
A diretora chinesa ainda fez história como a primeira asiática a ganhar uma estatueta de melhor direção. Ela também foi apenas a segunda mulher premiada na categoria em 93 anos de prêmio (Kathryn Bigelow levou em 2010 por "Guerra ao Terror").
Destaque também para a protagonista Frances McDormand, que também fez as vezes de produtora do longa. A atriz idealizou o filme depois de ler o livro homônimo de Jessica Bruder e convidou Chloé Zhao para roteirizar e dirigir "Nomadland". Com o trabalho, levou para casa o quarto Oscar da carreira. O Oscar de melhor ator é de Anthony Hopkins por "Meu Pai". Interpretando um idoso com demência, o ator britânico de 83 anos superou o favorito Chadwick Boseman, já que a maioria das apostas dava como certa a vitória póstuma para o ator de "A Voz Suprema do Blues", que morreu no ano passado aos 43 anos.
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