O que você escolhe: um chá que baixa pressão ou um medicamento que arrisca seu coração?  | Lara Gabriela Cerqueira, Nutricionista especializada em Fitoterapia |
Olá, tudo bem? Lara Gabriela Cerqueira falando. Espero que nossa conversa de hoje ajude seu coração a bater mais forte! Digo isso porque quero apresentar uma opção poderosa para quem sofre com a temida pressão alta — e um coração fortalecido é o melhor caminho para evitar o problema. Você sabe que eu não sou contra o uso de medicamentos. Eles podem salvar vidas. Mas, se a dosagem dos remédios para controlar a sua pressão arterial só aumenta a cada ano, está mais do que na hora de você dar uma chance à saúde natural. Quais as causas da pressão alta? Os picos de pressão alta podem ter causas distintas, desde oscilações pontuais em um dia de maior estresse até alterações constantes por conta da presença de placas entupindo suas artérias, passando por hábitos alimentares e de vida que afetam sua circulação. A genética e fatores ambientais, como alimentação de base ultraprocessada, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e uso de hormônios anabolizantes sem orientação adequada, também estão associados a alteração da pressão arterial em algum momento da vida. Se você ainda não foi diagnosticado com hipertensão, mas tem os sintomas a seguir, procure ajuda de um profissional o quanto antes (se ele seguir a saúde natural, melhor ainda): - Dor de cabeça
- Dor na nuca
- Sonolência
- Zumbido nos ouvidos
- Palpitações
- Enjoo
- Visão dupla ou embaçada
- Palpitações cardíacas
Muita gente usa medicamentos sintéticos para lidar com esses sintomas. O problema, como te disse no começo da nossa conversa, é que esses remédios não só não resolvem o problema inicial (a pressão alta) como podem trazer outros problemas. | | ANÚNCIO
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Entenda os riscos envolvidos na medicação
Aqui, para que você entenda os riscos dos remédios mais receitados para combater a pressão desregulada, acho importante te apresentar dois estudos sobre os anti-hipertensivos mais recomendados.
Um estudo publicado pela revista médica JAMA ( Journal of the American Medical Association) apontou que o uso de bloqueadores dos canais de cálcio (especialmente em altas doses) foi associado a um risco aumentado de infarto do miocárdio. Outro artigo, publicado na revista científica da Universidade de Harvard, a The New England Journal of Medicine, reconheceu que indivíduos hipertensos tratados com betabloqueadores apresentaram riscos 28% superiores de desenvolver diabetes tipo 2. Não estou falando para você parar de tomar o seu anti-hipertensivo por conta própria. Antes de optar pelo desmame de medicamentos, procure sempre uma orientação médica. Mas você não precisa sofrer ou ficar com a pressão ainda mais descontrolada. A natureza tem opções poderosas que podem te ajudar! Um chá poderoso para baixar sua pressão A cavalinha é uma ótima opção para quem sofre com a pressão alta. Enquanto você promove alterações no seu estilo de vida para ganhar saúde, aposte nesse chá para te ajudar a manter a pressão sob controle!  Também conhecida como rabo de cavalo, atente-se ao nome científico na hora de comprar a cavalinha para fazer o seu chá. Procure pela Equisetum arvense. Essa planta está entre as que já são prescritas no Sistema Único de Saúde (SUS). Então, se você não tem acesso a um profissional de saúde natural na sua cidade, ir ao posto de saúde público pode ser um bom caminho. Um estudo da Universidade Federal de Goiás evidenciou que a cavalinha teve os mesmos efeitos que a hidroclorotiazida, um dos diuréticos indicados para o tratamento da hipertensão. A cavalinha ajuda a diminuir a pressão arterial por conta de sua ação diurética, que aumenta a eliminação de líquidos do corpo. Isso faz com que o volume de líquidos nos vasos sanguíneos diminua, reduzindo também o esforço que o coração precisa fazer para bombear o sangue - o que, consequentemente, reduz sua pressão arterial. Ainda são necessários mais estudos para esclarecer o mecanismo de ação da cavalinha, mas os primeiros resultados são bastante animadores. Como talvez você já saiba, para a indústria farmacêutica não é muito lucrativo estudar ou investir em produtos sobre os quais não se pode criar patentes. Mas a experiência popular com essa erva e o meu uso no consultório fazem com que eu tenha segurança para te indicar a cavalinha sem medo. A melhor forma de fazer o chá de cavalinha é por meio de infusão — que é aquela técnica em que você coloca as ervas em água quente, que eu explico no meu Tutorial do Chá Perfeito. Para cada xícara de 150ml, use 3 gramas (ou 1 colher de sopa) de ervas secas. Você pode tomar essa quantidade de chá três vezes ao dia, entre as refeições. Mas vale um alerta: pessoas com insuficiência renal e cardíaca, gestantes e quem já usa medicamentos anti-hipertensivos devem procurar o acompanhamento de um especialista antes de começar a usar o chá de cavalinha. Você pode usar o chá de cavalinha por até 30 dias - depois disso o seu corpo pode se adaptar e a erva tende a perder seu efeito. Por isso, o ideal é fazer um rodízio. Então tome o chá de cavalinha por 15 a 30 dias e depois troque para outro chá que mantém sua pressão no tão sonhado 12x8. Na edição deste mês da série Plantas & Bem-estar, eu apresentei aos assinantes mais informações sobre o chá de cavalinha e também um segundo chá para usar nesse rodízio de ervas contra pressão alta. Para saber como fazer parte do Plantas & Bem-estar, clique aqui. Te espero na próxima,  | | ANÚNCIO
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Referências bibliográficas: - BURING, J. E. et al.. Calcium Channel Blockers and Myocardial Infarction: A Hypothesis Formulated but Not Yet Tested. JAMA. 1995;274(8):654–655. doi:10.1001/jama.1995.03530080070044
- CARNEIRO, D. M. et al.. Randomized, Double-Blind Clinical Trial to Assess the Acute Diuretic Effect of Equisetum arvense (Field Horsetail) in Healthy Volunteers. Evid Based Complement Alternat Med. 2014; 2014:760683. doi: 10.1155/2014/760683. Epub 2014 Mar 4. PMID: 24723963; PMCID: PMC3960516
- GRESS, T. W. et al.. Hypertension and antihypertensive therapy as risk factors for type 2 diabetes mellitus. Atherosclerosis Risk in Communities Study. The New England journal of medicine; vol. 342,13 (2000): 905-12. doi:10.1056/NEJM200003303421301
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