O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) quer reaver cerca de R$ 67 milhões aos cofres públicos por meio de acordos de colaboração premiada firmados com envolvidos no caso conhecido como "QG da Propina", que levou o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) à prisão no ano passado. A informação é do repórter Gabriel Saboia. O valor se aproxima do total supostamente pago na forma de propina a integrantes de uma organização criminosa, da qual Crivella é apontado como chefe. O ex-prefeito do Rio e outras 25 pessoas se tornaram rés na última quarta-feira (3) por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O MP descreve que o chamado "QG da Propina" arrecadava os valores por meio de depósitos feitos de modo pulverizado para mais de 20 empresas de fachada, em nome de laranjas, criadas pelo grupo de Crivella. O caso agora está nas mãos da Justiça comum desde o início do ano, quando Crivella deixou a prefeitura e, consequentemente, perdeu o foro privilegiado. Sobre a denúncia, a defesa de Crivella diz acreditar que "o texto será rejeitado tão logo apresentada a resposta acusação, oportunidade em que será demonstrada a incongruência entre a narrativa acusatória e a trajetória de vida de Marcelo Crivella".
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