Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Economia+. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. Os fundos de investimento imobiliário, os chamados FIIs, não escaparam da montanha-russa que foi 2020 para todo o mercado financeiro. O Ifix, índice das cotas dos fundos imobiliários negociados na Bolsa, acumulou perda de 10,2% em 2020. Mesmo assim, carteiras de alguns gestores atravessaram o período com valorizações de quase 50%. Segundo gestores de recursos, ao longo do ano passado, os chamados fundos imobiliários de papel sofreram bem menos que fundos imobiliários de tijolos. Veja aqui as diferenças entre fundos de papel e de tijolos. Por que fundos de tijolos sofreram? Os fundos de tijolos, que compram participações em imóveis já prontos, como shopping centers, edifícios de escritórios e hotéis, por exemplo, foram mais atingidos porque tiveram o fluxo de pagamento dos aluguéis de alguma forma afetados pela pandemia. Ou porque efetivamente os inquilinos atrasaram parcelas, ou porque surgiu o temor de que a inadimplência iria acontecer em algum momento. Por que os fundos de papel subiram? Já os fundos de papel, que aplicam o dinheiro dos cotistas em títulos de crédito, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), contaram com as garantias que protegem esse tipo de carteira de inadimplência. Esses fundos são investimentos que emprestam dinheiro para novos projetos imobiliários. O rendimento dessas carteiras então depende da taxa de juros combinada nessas operações. E como o IGP-M subiu 23,1% em 2020, o rendimento dessas carteiras foi também muito forte. Fundos que mais subiramA empresa de informações financeiras Economatica fez o ranking dos 10 fundos imobiliários campeões de 2020. Veja abaixo os cinco primeiros. - FII Hectare (HCTR11): 46,95%
- FII Iridium (IRDM11): 31,56%
- FII Rec Rece (RECR11): 18,85%
- FII Merito (MFII11): 17,97%
- FII Habit2 (HABT11): 15,82%
Veja aqui os demais fundos imobiliários na lista top 10 e comentários do gestor da carteira que subiu 47%, o FII Hectare (HCTR 11), da Hectare Capital. Cenário para 2021Profissionais de mercado dizem que a pandemia continua um fator de grande influência sobre os mercados imobiliários em 2021, mas a intensidade desse impacto tende a ser menor. Nesse cenário, é esperado que os fundos imobiliários que sofreram mais em 2020 possam recuperar parte do terreno perdido em 2021. Isso vale em especial para as carteiras de tijolos que têm bons ativos, ou seja, são donas de bons imóveis, que têm um histórico comercial de sucesso. Já os fundos de papel que subiram muito em 2020 podem desacelerar o ritmo dos ganhos em 2021. Afinal, com a valorização acumulada na temporada passada, o valor das cotas ficou muito acima do valor patrimonial dos ativos que o fundo possui. Confira aqui o que disseram os profissionais de mercado sobre os fundos imobiliários em 2021. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ela pode ser respondida no programa semanal Papo com Especialista, para assinantes do UOL Economia+. Assista ao vivo todas as quartas-feiras, às 12h30, ou reveja os programas transmitidos.
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