Estreou esta semana na HBO um documentário tão interessante quanto polêmico. "Fake Famous" descreve o processo de transformação de três pessoas anônimas em famosas por meio de artifícios enganosos. A ideia do jornalista Nick Bilton, diretor do filme, é expor o que ele enxerga como uma indústria fundada em princípios volúveis e alimentada pelo dinheiro. Após uma seleção com centenas de candidatos, Bilton escolhe três anônimos que serão transformados em famosos. Um dos escolhidos diz: "Minha vida todo eu disse que queria ser famoso. Hoje eu acho que mereço ser famoso. As pessoas precisam conhecer meu carisma". Ao longo do processo, Bilton mostra como funciona a indústria de compra de seguidores e de engajamento ("curtidas") no Instagram, assim como a de produção de fotos para exibir na rede social. Um dos momentos mais engraçados é a sessão de fotos num estúdio que simula um jatinho privado - o sonho de consumo dos famosos. O diretor defende a ideia que as redes sociais não combatem os usuários fantasmas ("bots"), que inflam os números dos famosos, porque elas também ganham dinheiro com isso. Uma das anônimas criadas por Bilton chega a ter 250 mil seguidores no Instagram após cinco meses e, graças a estes números, começa a receber propostas de trabalho e ofertas de ações comerciais verdadeiras. É a prova de que a fama, mesmo inventada, pode ser um bom negócio.
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