Diversas crises se sobrepuseram e impactaram os negócios das empresas em 2020: pandemia de covid-19, mudança climática, injustiça racial e crescente desigualdade econômica são algumas delas. Num contexto como este, os consumidores passaram a esperar uma resposta mais efetiva das empresas, que se aproximaram de seus cotidianos. Ter voz ativa, posições definidas e tomar decisões práticas são fatores que deverão nortear as iniciativas de marketing em 2021, segundo um relatório produzido pela GoAd Media, uma rede de jornalistas, pesquisadores, designers e planejadores que estuda e analisa as relações entre marcas e pessoas no contexto da inovação. O estudo foi feito a partir de tendências apontadas em grandes festivais de comunicação ao longo deste ano. A GoAd também realizou entrevistas com líderes de marketing e negócios de grandes empresas, em parceria com a ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes). O relatório tem patrocínio do UOL Ad_Lab, área de branded content do UOL. O estudo aponta sete pilares para o marketing em 2021. Confira: 1. A transformação não é só digital O coronavírus reconfigurou o marketing e suas demandas —e nenhuma organização passou ilesa por essa transformação. Para os líderes da área, o momento é de oportunidade, com foco prioritário em digital, dados, ativismo de marca e impacto social. Para as agências de publicidade, o foco está em inovação, agilidade e soluções customizadas que produzam resultados. Segundo o estudo, a mudança em curso não é apenas sobre tecnologia: é sobre cultura. 2. A consolidação do "pós-propósito" Menos intenção e mais ação são as características dos projetos da era "pós-propósito", que conectam os modelos de negócios das empresas a projetos com impacto social concreto. O estudo aponta que ações estruturadas e empáticas para minimizar dores humanas e resolver os problemas das pessoas são urgentes. 3. Diversidade na prática Segundo a GoAd, a pauta volta ano após ano porque ainda existe uma lacuna entre o discurso e a prática. Diversidade precisa acontecer de dentro para fora, com recrutamentos inclusivos e metas de representatividade nas organizações. Dessa forma, será mais natural criar projetos e campanhas que se conectem melhor à pluralidade social. 4. Tecnologia inclusiva e responsável A pandemia escancarou o papel que a tecnologia pode desempenhar no atendimento às necessidades humanas mais básicas. Nessa nova era, as pessoas esperam que a tecnologia seja aplicada com impacto social positivo. Além disso, as 'big techs' precisam assumir, de forma mais transparente, a responsabilidade sobre gestão de dados pessoais e privacidade. 5. Experiências de marca com visão de longo prazo Tudo o que for criado em 2021 deve contemplar a visão de longo prazo. Ao aumentar o investimento em e-commerce, por exemplo, as empresas não podem perder o foco da experiência da marca nos pontos de contato físicos, tão essenciais, especialmente no Brasil. 6. Relevância das agências Anunciantes esperam que as agências de comunicação mergulhem em seus negócios, como já acontece entre as empresas mais consistentes de comunicação. É urgente obter resultados não somente por meio de campanhas, mas também com o desenvolvimento de soluções de negócios. A criatividade que pulsa nas agências deve extrapolar os formatos de mídia. 7. Privacidade como vantagem competitiva No Brasil, iniciativas que cruzem interesse comercial com interesse social ou que ofereçam benefícios financeiros inovadores em troca da permissão de uso dos dados são oportunidades para as marcas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um reconhecido e importante passo para organizar um ecossistema em formação e ebulição.
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