Bom dia!
Investidores começam a quinta-feira tentando estancar a sangria nos mercados financeiros globais, mas ainda sem convicção de que isso será possível. Os futuros das bolsas americanas operam sem direção única, fenômeno que se repete na Europa e também foi registrado na Ásia. O petróleo ensaia uma recuperação, enquanto o minério de ferro registrou nova queda.
Hoje será publicado o ADP, relatório que indica a criação de vagas no setor privado americano e funciona como uma prévia do payroll, o dado oficial de emprego que será publicado amanhã. Quinta-feira também é dia da atualização dos pedidos semanais de seguro-desemprego por lá.
Wall Street tem usado o mercado de trabalho como bússola da economia americana. Ontem, o relatório Jolts mostrou que os EUA tinham 7,7 milhões de vagas abertas em julho, o menor número desde janeiro de 2021 e muito abaixo dos 8,1 milhões esperados por analistas. Além disso, o número de vagas abertas em junho foi revisado de 8,2 milhões para 7,9 milhões.
Uma desaceleração no emprego maior que previsto faz crescer as apostas de um corte maior de juros na reunião do Fed daqui duas semanas. Ainda assim, 57% dos investidores preveem uma redução de 0,25 ponto percentual.
Essa dúvida sobre o quão sólida segue a economia americana ante os juros altos têm causado turbulências no mercado. Ainda assim, o Ibovespa tem resistido. Nesta manhã, o EWZ, que funciona como pré-mercado da bolsa brasileira em Nova York, recua tímidos 0,05%. Ontem, o Ibov ignorou as baixas no mercado internacional e fechou em alta de mais de 1%.
A economia brasileira segue robusta e sem sinais da desaceleração que o mercado americano mostra. O que rouba a paz da Faria Lima são as contas públicas. Nesta quinta, o Tesouro publica o resultado do governo central de julho.
Ainda assim, investidores só conseguirão descansar na sexta, quando finalmente saem os aguardados dados do payroll americano. Bons negócios.
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