Bom dia!
Só a ausência de notícias é pior do que uma notícia ruim. Logo mais, às 9h30, depois de uma semana de espera, investidores conhecerão o dado oficial de emprego dos Estados Unidos. Economistas estimam que tenham sido criadas 165 mil vagas em agosto.
O que está em jogo não é exatamente o emprego, mas o efeito que ele terá sobre as apostas para o tamanho dos cortes de juros por lá. Um mercado de trabalho mais fraco poderia levar o Fed a iniciar as reduções com um corte de 0,50 ponto percentual, em vez de 0,25 p.p., como hoje é amplamente esperado.
Investidores estão indecisos, e mudam de opinião o tempo todo. Há exatamente um mês, 68% deles acreditavam que os juros cairiam 0,50 p.p, de acordo com a ferramenta Fed Watch. Isso foi justamente quando Wall Street teve um ataque de pânico e passou a prever que a economia americana entraria em recessão, o que derrubou as bolsas globais. A crise foi passando, as apostas se deslocaram novamente para um corte suave de 0,25 p.p., e as ações voltaram a subir.
Até que setembro chegou e trouxe uma crise muito parecida para as bolsas. Dados mais fracos de emprego poderiam reencaminhar as previsões para um corte maior, uma espécie de reação à uma piora no mercado de trabalho. A decisão "certa" não livra as bolsas americanas da instabilidade. O S&P 500 cai 2,57% nesta primeira semana de setembro, enquanto o Nasdaq cede 3,3%. Nesta manhã, os futuros das bolsas americanas operam em queda, mesmo sinal dos principais índices europeus.
O EWZ, o ETF da bolsa brasileira em Nova York, cai 0,77%. Até aqui, o Ibovespa tem conseguido ignorar o mau humor global e tem alta semanal de 0,37%. Resta saber se haverá fôlego para resistir aos solavancos de Wall Street também nesta sexta, especialmente ante a falta de notícias no campo doméstico. Bons negócios.
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