A preocupação com o futuro - e com o sustento na aposentadoria - é cada vez mais presente em pessoas de todas as idades. A previdência privada não é a única maneira de conseguir garantir tranquilidade no futuro. Existem diversos investimentos que podem ajudar nesse objetivo. Uma boa alternativa é escolher ativos que pagam dividendos. Ações, fundos imobiliários e até títulos na renda fixa pagam uma renda ao investidor. Os dividendos são uma forma que as empresas e fundos possuem de compartilhar os lucros de um determinado período - o pagamento pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual. No caso dos fundos imobiliários, é bastante comum que esse retorno seja pago aos cotistas mês a mês, por exemplo. Veja abaixo todas as opções disponíveis para planejar uma aposentadoria tranquila. Segundo Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais, quem quer investir pensando na previdência deve focar na compra de ativos que consigam gerar lucro de forma razoavelmente perene, com permanência a longo prazo. É preciso pensar nos detalhes antes de investir e considerar diversos cenários. Para quem investe em ações, em caso de uma crise econômica ou política, a economista aconselha pensar no que pode vir acontecer com a geração de receita dessas empresas, com o setor em que estão inseridas e com a política de governança sobre a distribuição de lucros. Ações são opção para se aposentar? Empresas dividem parte de seus lucros com seus acionistas. No caso de empresas com capital aberto na Bolsa, qualquer pessoa com ações da empresa recebe parte desse dinheiro, na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Nos últimos meses, empresas como Vale, Petrobras e Gerdau chamaram a atenção do mercado pelo pagamento de dividendos exorbitantes. Em comum, são companhias de commodities, matérias-primas, com presença em diferentes setores, como mineração, petróleo e siderurgia, respectivamente. Com o aumento de preços no mundo todo de itens como petróleo, aço e minério, além de soja, milho e café, as empresas foram beneficiadas e passaram a ter maior capacidade de oferecer retornos gordos aos investidores. Mas isso pode não se repetir nos próximos meses. Por isso é importante saber escolher em que empresas investir. Que empresas escolher? Para quem observa retornos para um período de dez anos ou mais, as empresas consideradas mais maduras historicamente são dos segmentos de saneamento, energia e financeiro, como os bancos. Essas têm mais chance de gerar lucros altos de forma consistente e compartilhar os resultados com investidores. "Na estruturação de uma carteira, é necessário escolher não só bons ativos que distribuíram no passado, mas que também vão distribuir no futuro", diz o analista e professor da Fipecafi Projetos, Fábio Sobreira. Fundos imobiliários também pagam dividendos: O grande atrativo dos fundos imobiliários é justamente o pagamento dos lucros mensais aos cotistas. As duas principais categorias de FIIs são os fundos de tijolo e fundos de papel. Basicamente, os fundos de tijolo aplicam o dinheiro dos investidores em imóveis físicos de shoppings, empresas, escolas, hotéis, galpões logísticos e escolas. Ao adquirir uma cota, é como se o investidor tivesse um "pedacinho" daquele imóvel. Assim, o retorno pago aos cotistas se resume aos aluguéis cobrados dos inquilinos, com contratos que têm reajustes pela inflação. A outra possibilidade de lucrar é com o aumento do valor das cotas, como acontece com as ações listadas na Bolsa. Por outro lado, os fundos de papel investem o dinheiro dos cotistas em títulos de renda fixa de instituições financeiras. As letras de crédito imobiliários (LCIs) ou certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) representam uma maneira de financiar os empreendimentos do setor. Os ativos são atrelados ao IPCA ou à taxa básica de juros, a Selic. Renda fixa também paga dividendos? Para quem se sente mais confortável com a renda fixa, o Tesouro Direto possui algumas opções de distribuição de juros semestrais proporcionais à participação do investidor, além da valorização do capital aplicado. No Tesouro Prefixado, a alternativa de juros semestrais tem remuneração em torno de 11,90% e tem vencimento para janeiro de 2033. Por outro lado, quem prefere os títulos sujeitos ao reajuste pela inflação, há o Tesouro IPCA+ com vencimento para agosto de 2032, agosto de 2040 e maio de 2055. A remuneração do IPCA+ atualmente varia entre 5,70% e 5,80%, a depender da opção selecionada. Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Investimentos. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. |
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