Na Bahia, a corrida eleitoral para o governo apresentou uma mudança considerada significativa. De acordo com o Datafolha, a diferença entre o candidato e ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT), diminuiu de 21 para 17 pontos percentuais. Em Minas Gerais, a candidata a deputada federal Duda Salabert (PDT) se retratou e anunciou em suas redes sociais uma mudança em seu registro do TSE. O que os dois casos têm em comum? A autodeclaração de cor ou raça dos candidatos. ACM Neto tem enfrentado críticas por se autodeclarar pardo, fato que gerou memes e repercussões inusitadas até na televisão. Em entrevista à TV Bahia, ele falou sobre o assunto, dizendo que é "pardo, mas não negro" — o IBGE denomina como negras o conjunto de pessoas pardas e pretas. Depois de ser questionada nas redes sociais pela jornalista Eliene Martins, Salabert informou que vai mudar a sua autodeclaração no TSE de parda para branca. Segundo ela, houve um erro na sua declaração. "Na nossa sociedade, ser pardo não tem nada a ver com ter vó, tio ou pessoa preta ou indígena na família e sim ser reconhecido e tratado como negro e negra socialmente" Eliene Martins, jornalista Essa é a primeira eleição em que candidatos pretos e pardos chegam a 49,9% e superam o de total de brancos. Ao abordar o caso de ACM Neto, o colunista do UOL André Santana classificou a situação como típico caso de "afroconveniência". Para ele, casos de políticos brancos que, de uma hora para outra, passam a se declarar pretos ou pardos são puro "oportunismo eleitoral". Isso porque, desde uma decisão de 2020 do STF, os partidos são obrigados a distribuir de forma proporcional a verba do fundo eleitoral entre candidatos negros e brancos e a dividir entre eles o tempo destinado a propaganda na em TV e no rádio. Na época, TAB também explicou o significado do termo 'afroconvenicência' e a repercussão do assunto naquelas eleições. "O afroconveniente é quem quer ser negro apenas para querer utilizar direitos que foram criados para atender à população negra marginalizada e sub-representada historicamente" Lucas Café, mestre em história social e pesquisador das relações étnico-raciais *** INSPIRADORAS... A psicóloga Anne Cleyanne Alves, a influenciadora Gabi Oliveira e a designer Carolina Magalhães estão entre as vencedoras do Prêmio Inspiradoras 2022. O evento de premiação aconteceu nesta terça-feira (20), em São Paulo (SP). INSPIRADORAS II... Ao lado de Paola Carosella, as cantoras Paula Lima e Negra Li foram as apresentadoras da noite, que também contou com uma homenagem surpresa da ativista e intelectual Sueli Carneiro à educadora Anielle Franco. "Anielle é um farol de resistência", disse. **** AKON...Entre 2006 e 2010, era impossível escapar dos hits de Akon, mas e agora? Por onde anda o cantor? Splash soluciona o mistério. *** NO PASSINHO... Nascida em uma comunidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Alielle Macedo é responsável pelos passos de "Envolver" e "Show das Poderosas", coreografias da cantora Anitta que viraram febre no Brasil. Universa conta a história da dançarina. *** |
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