Estão faltando profissionais da área de TI no Brasil, mas as chamadas ferramentas low-code e no-code podem amenizar o problema, além de trazer mais fluidez, autonomia e rapidez às empresas. Essa é a opinião da colunista Letícia Piccolotto, de Tilt. Aliás, você já ouviu falar nesses termos? Essas ferramentas ajudam as empresas a desenvolver suas próprias soluções tecnológicas, mesmo que seus profissionais não sejam experts em linguagens de programação. E elas surgem em um momento importante, já que há escassez de profissionais digitais no mundo todo. Aqui no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo BrazilLAB e pela Fundação Brava, em parceria com o Center for Public Impact (CPI), caso nenhuma medida seja tomada, o déficit de profissionais digitais deve continuar crescendo a uma taxa de 24 mil pessoas ao ano e pode atingir o alarmante número de mais de 300 mil pessoas até o ano de 2024. Iniciativas para a formação de novos profissionais já estão em andamento e prometem formar programadores de forma rápida e com a qualidade necessária. E, paralelamente a isso, existem as novas tecnologias que já possibilitam às empresas desenvolver soluções tecnológicas de maneira acessível a quem não é especialista na área. O low-code é como são chamadas as plataformas de "pouco código". Esta foi a primeira modalidade a ganhar espaço, trazendo os componentes prontos para o profissional utilizá-los em sua aplicação, permitindo também a customização e a criação de novos elementos. Com ele é possível, por exemplo, criar aplicativos, automatizar processos, disponibilizar relatórios e dashboards em tempo real, tudo isso sem que haja a necessidade de um conhecimento mais aprofundado em linguagens de programação. Já o no-code se difundiu depois, é destinado, principalmente, aos micro e pequenos empreendedores e possibilitou a redução completa da programação, ou seja, o profissional não precisa se preocupar em ter experiência e conhecimento prévio no desenvolvimento de códigos. Segundo análise da consultoria Gartner, até 2024, mais de 65% dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos em low-code, com expansão média de 40% ao ano. De acordo com o relatório, o mercado movimentou mundialmente cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 72,67 bilhões) em 2021, um crescimento de 22,6% em relação a 2020, quando foi alcançada a cifra de US$ 11,2 bilhões (R$ 58,98 bilhões). Tanto o low-code quanto o no-code possuem um desafio em comum: popularizar a cultura do pouco, ou nenhum código, no mercado brasileiro. "Não tenho dúvidas de que os profissionais digitais ainda seguem sendo primordiais para a transformação digital. No entanto, as ferramentas low-code e no-code podem ser aliadas fundamentais para a democratização da tecnologia" |
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