Olá, olá! Interrompemos a programação de tretas para um respiro no TAB. Estivemos esta semana no circuito de bailes da saudade de São Paulo, que nos últimos meses fez casais e amigas voltarem a dançar e sonhar nos salões. Visitamos também a "Ball Vera Verão", celebração focada no público LGBTQIA+, que voltou após a pandemia, apontando para um novo boom da cultura ballroom na cidade. Mesmo na pista, mantivemos o olhar no mundo: da movimentação dos caminhoneiros para as eleições às notícias sobre a guerra na Ucrânia. Baila com a gente? Clube do coração nostálgico Entre o final de 2021 e março, diversos bailes para o público maduro foram reabertos em São Paulo, com capacidade um tanto reduzida — entre 150 e 200 pessoas. Os chamados bailes da saudade são um micro universo particular. A maioria se conhece e até os personal dancers são os mesmos. Com fotos e relatos de Camila Svenson, mergulhamos no saudosismo que ainda faz dançar — ainda que de máscara. 10, 10, 10! Outro baile voltou a brilhar na noite após dois anos parado. Uma massa de pessoas com laces, rostos maquiados, botas plataformas, luvas e looks esteve presente na "Ball Vera Verão", em São Paulo, evento que celebra a comunidade LGBTQIA+ em competições ruidosas e divertidas. A cultura ballroom é antiga, movimentou a comunidade queer em Nova York nos anos 1970 e inspira até hoje a cultura pop (vide "Vogue" de Madonna e a série "Pose"), mas, naquela noite de muito movimento, beleza e talento, muitos entraram nas disputas pela primeira vez, após descobrirem o ballroom durante a pandemia. 'Bancada do caminhão' A mobilização que os caminhoneiros demonstraram em 2018 ainda resiste nas estradas. É só ver a situação da categoria desde o aumento recente no preço dos combustíveis. Acompanhamos a situação e descobrimos que caminhoneiros autônomos estão montando chapas para lançar candidatos a deputado estadual e federal nas eleições de outubro. Vem aí a "bancada do caminhão"? Bagagem sentimental Tatiana trouxe seus diplomas e certificados dos cursos de cosmetologia. Anna só teve meia hora: empacotou o laptop e carregou consigo um presente dado pela melhor amiga. Em cinco minutos, Olga recolheu poucas peças de roupa e carregou Micha, o gato de estimação. Como é deixar tudo para trás na Ucrânia? O que é essencial na hora de partir? Falamos com ucranianos em fuga para entender quais itens sentimentais é possível carregar quando o futuro diante da ofensiva russa ainda é incerto. Freiras contra o mal O clima interiorano de Santo Anastácio, em São Paulo, ficou pra trás há algumas semanas quando o ex-prefeito Fernando Haddad esteve na região. Sobrou até para as freiras da Congregação Filhas de Maria Missionárias, que alugaram um salão para o petista. Sem qualquer ligação partidária, as irmãs foram expostas a uma campanha de intimidação por receberem "o partido do mal" na cidade, incluindo telefonemas com ameaças. Porrete e Bíblia O Pastor Sargento Isidório criou uma celeuma ao tentar criminalizar a palavra "Bíblia" fora do contexto religioso. Dias depois, ele recuou: "Eu estava com raiva", justificou. Afinal, quem é o baiano que assumiu como deputado federal em Brasília pelo partido Avante, em 2019, com trajes militares, um porrete na mão e a Bíblia na outra, e que se auto-denomina "ex-homossexual"? Fomos em busca de uma resposta. Histórias e ossadas "As senhoras estão preparadas para ver o que tem aí dentro?", pergunta um dos seguranças nos corredores azuis e monótonos do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. Estivemos no setor de antropologia forense, que recebe remanescentes humanos, cuja identificação tradicional já não é mais possível, como ossadas e corpos carbonizados ou já muito descaracterizados. Marie Declerq conta tudo aqui! |
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