Olá, investidor. Enquanto aqui no Brasil vivemos um momento de relaxamento das medidas restritivas impostas pela pandemia do coronavírus, com estados como São Paulo e Rio de Janeiro abandonando o uso de máscaras em locais fechados, a China anuncia uma série de lockdowns na tentativa de conter uma nova onda de infecções pelo vírus. No último sábado, 2.631 pessoas foram diagnosticadas com covid-19 na cidade de Xangai, a segunda mais populosa do país, com mais de 26 milhões de habitantes. Em virtude do aumento no número de casos, as autoridades chinesas anunciaram um novo —e rigoroso— lockdown, que inclui suspensão do transporte urbano, fechamento de fábricas e escritórios e interrupção do comércio na região. Nesta segunda-feira (28), essas medidas entraram em vigor na porção leste da cidade, enquanto a porção oeste deve entrar em isolamento a partir de sexta-feira (1). Como era de se esperar, as restrições têm impactado o mercado global de commodities, ou seja, matérias-primas como o petróleo e o minério de ferro, uma vez que a China é um dos principais consumidores destes insumos. Com constantes suspensões das atividades em regiões importantes para a economia chinesa, os preços dos produtos que alimentam a indústria e o setor de transportes do país têm caído, com destaque para o recuo do barril de petróleo no mercado internacional. Além disso, a China é a principal compradora das commodities extraídas no Brasil, o que significa que é imprescindível que o investidor brasileiro acompanhe o noticiário chinês. Por fim, com o petróleo em queda e incertezas vindas da China, o dia de hoje deve ser desafiador para o Ibovespa —principal índice de ações da B3. As ações de empresas ligadas ao setor de commodities representam uma fatia expressiva do Ibovespa, e podem puxar a queda do índice caso apresentem desempenho negativo no pregão de hoje. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre a venda de dez milhões de ações da Petz pelo CEO da companhia. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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