Olá, investidor. Os mercados internacionais operavam em alta na manhã desta segunda-feira (3), com investidores mais propensos ao risco do que no pregão do dia 31 de dezembro. O clima, entretanto, não é de euforia. Nos Estados Unidos, a expectativa pela alta dos juros ao longo de 2022 faz com que os investidores adotem uma postura mais cautelosa, e promete incentivar o investimento em ações mais defensivas, com modelos de negócios já consolidados e bons resultados financeiros, em detrimento do investimento em empresas de crescimento, que têm seu valor atrelado ao seu potencial futuro. Por outro lado, a criação de postos de trabalho nos EUA tem surpreendido positivamente o mercado, e o número de pedidos de seguro-desemprego no país caiu para 198 mil na semana encerrada em 25 de dezembro (foram 206 mil na semana anterior). O bom desempenho do mercado de trabalho norte-americano reforça as apostas na antecipação da alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na Europa, as Bolsas de Valores operavam majoritariamente em alta diante da agenda de indicadores vazia, enquanto os mercados do Reino Unido se mantêm fechados devido ao feriado prolongado de ano novo. Ainda assim, a adoção de medidas restritivas para conter a disseminação da variante ômicron do coronavírus preocupa os investidores e limita os ganhos dos principais mercados do continente. Na Ásia, os mercados da China e do Japão também seguem fechados em virtude de feriados. O destaque é a Bolsa de Hong Kong. Por lá, a negociação das ações da incorporadora chinesa Evergrande foi suspensa, derrubando os papéis de outras empresas do setor de construção civil do continente. E por aqui, o que esperar?Por aqui, investidores monitoram o relatório de mercado Focus, do Banco Central (BC), que traz as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Os principais pontos de atenção são as projeções para a inflação e para os juros. Além disso, os investidores brasileiros olham com cautela para a delicada situação fiscal do país, e se preparam para um ano turbulento, com as eleições no radar. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): a vitória da Águas do Brasil no leilão do último bloco da companhia de saneamento do Rio de Janeiro, a Cedae, e o novo calote da gigante chinesa do setor imobiliário Evergrande. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante
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