Olá, investidor. As Bolsas dos Estados Unidos recuam nesta quinta-feira (27), refletindo a preocupação dos investidores com a perspectiva de alta dos juros e retirada dos estímulos à economia, que ganhou força após a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA) na véspera. O comitê optou por manter inalterada a taxa Fed funds —a taxa básica de juros dos EUA, semelhante à Selic brasileira— no patamar entre 0% e 0,25% ao ano, mas sinalizou que deve iniciar um ciclo de alta já na próxima reunião, prevista para março deste ano. Para isso, espera-se que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) encerre seu programa de compra de títulos no mesmo mês, o que significa que o banco central norte-americano deixará de usar esse mecanismo para injetar dinheiro na economia. Por fim, o presidente do Fed, Jerome Powell, também sinalizou que a instituição deve dar início ao processo de redução da sua carteira de ativos, atualmente somando US$ 9 trilhões. A perspectiva de juros mais altos e menos estímulos é negativa para as Bolsas, porque incentiva uma migração de capital do mercado de ações para ativos de renda fixa, considerados mais seguros, uma vez que a rentabilidade dessa classe de ativos tende a crescer. Na Europa, as Bolsas de Valores operam majoritariamente em queda, também de olho nas decisões do Fomc. Além disso, investidores acompanham os desdobramentos da crise envolvendo Rússia e Ucrânia, e o temor por uma invasão russa ao país vizinho contribui para a alta dos preços do petróleo no mercado internacional Na Ásia, os mercados fecharam em forte queda, motivada também pela política monetária norte-americana. E por aqui, o que esperar?Por aqui, os investidores seguem acompanhando a alta das commodities e o apetite dos estrangeiros pelas ações brasileiras, consideradas baratas pelo mercado internacional, apesar dos altos riscos oferecidos pelas eleições e pela delicada situação fiscal do país. Na quarta-feira (26), o Ibovespa foi novamente na contramão das principais Bolsas do planeta, e fechou em alta de 0,98%, deixando em segundo plano os indicadores de inflação que vieram acima do esperado. Ainda assim, esses indicadores geram preocupação entre os investidores, uma vez que uma inflação persistente pode demandar uma resposta ainda mais agressiva do Banco Central, na forma de alta mais intensa e mais duradoura da Selic. No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre os resultados das gigantes Microsoft e Johnson & Johnson. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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