Olá, investidor. As Bolsas dos Estados Unidos tentam sustentar o viés de alta nesta quarta-feira (26), à espera da declaração do Federal Open Market Committe (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA) deste mês, que será divulgada às 16h (horário de Brasília). Na véspera, os principais índices norte-americanos de ações fecharam em queda, com destaque negativo para os papéis de empresas do setor de tecnologia. Como essas empresas são negociadas a preços mais altos do que a média em relação às suas receitas e lucros, elas tendem a ser as mais prejudicadas em um cenário de alta de juros e retirada de estímulos à economia. Para a reunião que se encerra nesta quarta-feira, a expectativa é de que ainda não seja anunciado o início da alta dos juros nos EUA, mas o mercado acompanha atentamente o que o comitê dirá sobre o possível encerramento do processo de compra de títulos públicos e hipotecários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em março deste ano. O fim das compras de títulos, segundo especialistas, deve abrir caminho para que se inicie a alta dos juros. Na Europa, as Bolsas operam majoritariamente em alta, com investidores avaliando o risco de uma invasão russa na Ucrânia e buscando compreender como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) reagiria. Além disso, os mercados se animam com a fala do diretor do escritório europeu da OMS (Organização Mundial da Saúde), Hans Kluge, que declarou que a pandemia de covid-19 pode estar chegando ao fim no continente. Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, com investidores à espera da declaração do Fomc. E por aqui, o que esperar?Por aqui, investidores seguem monitorando o desempenho de companhias de setores importantes para o Ibovespa, com destaque para as empresas de petróleo e gás e mineração e siderurgia, além dos grandes bancos. A alta dos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, somada à perspectiva de que a alta da Selic deva beneficiar as grandes instituições financeiras do Brasil, fez com que as ações de empresas desses setores subissem de preço no pregão da véspera, levando o Ibovespa - principal índice de ações da B3 - novamente ao patamar de 110 mil pontos. Outro fator positivo para a Bolsa brasileira é a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro, que já soma cerca de R$ 20,1 bilhões desde o começo de 2022, uma vez que, em decorrência das perdas acumuladas pelo Ibovespa ao longo do segundo semestre do ano passado, muitos ativos brasileiros são vistos como "baratos" pelos investidores internacionais. No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a proposta de fusão entre Aliansce Sonae e brMalls e a nova encomenda de aviões feita à Embraer. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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