No campo da tecnologia, este ano promete aprofundar pautas que já vêm de anos anteriores, como a chegada do 5G ou a regulação das fake news, e também iniciar discussões que podem mudar sensivelmente o modo como nos comunicamos, nos informamos e nos divertimos. Essa é a opinião do colunista Carlos Affonso, de Tilt. Talvez, o principal assunto do ano na tecnologia seja o metaverso. Para Affonso, este é o ano em que as empresas vão tentar mostrar as primeiras versões daquilo que pode ser um metaverso de verdade. Os equipamentos de acesso ao metaverso ainda não existem, mas o processo de virtualização das nossas experiências segue em altíssima velocidade. O chamado modelo híbrido veio para ficar. Estamos com saudades dos encontros presenciais, mas nossa vida não vai se tornar menos digital daqui para frente. É preciso —de uma vez por todas— dar boas-vindas ou fazer as pazes com o componente virtual de nossas vidas, diz o colunista. A chamada tokenização de tudo fará com que os games se tornem mais do que diversão, mas também investimento. Os games de NFT já apareceram e esse mercado é bastante promissor. Saber em qual game investir seu tempo e dinheiro vai ser o grande desafio. Este ano também marca a chegada do 5G. Você vai se cansar de ouvir falar nisso e vai ter a impressão de que o futuro chegou para todos. Engano! O 5G vai chegar em alguns lugares, mas a maioria dos brasileiros não vai ter acesso a essa tecnologia. Um dos grandes gargalos tecnológicos do ano passado, a escassez de chips vai continuar. Com atrasos acumulados na linha de produção, são vários os setores que enfrentam falta de produtos e aumento nos preços das unidades disponíveis. A pandemia de desinformação também seguirá sendo uma realidade e não apenas na internet. Uma aposta para o cenário eleitoral de 2022 é ficar de olho em um conjunto mais diverso de meios pelos quais a desinformação se espalha, incluindo televisão, rádio e mesmo jornais. Um dos grandes propagadores de fake news nas redes, o Telegram, poderá até mesmo ser suspenso no Brasil neste ano. A segurança digital também é um tema fundamental para este ano. Mas 2022 traz dois componentes importantes para a equação. O primeiro é o resultado da frequência com a qual incidentes de segurança vão sendo reportados pela imprensa. No que diz respeito ao governo, em especial, parece que a desculpa de que "foi o hacker" virou resposta para qualquer controvérsia que envolva o manuseio de sistemas digitais. O segundo elemento, igualmente preocupante, é o uso político da ciberinsegurança. No ano passado, as fintechs começaram a adquirir empresas que pudessem adicionar novos elementos aos seus negócios. Neste ano, a tendência deve se confirmar, com algumas das principais fintechs do país saindo às compras para fortalecer as suas operações e viabilizar novas formas de crescimento. E, finalmente 2022 vai marcar a expansão da influência asiática nas redes e no entretenimento. Afinal, 2021 já foi o ano do TikTok, do Round 6 e do k-pop, não foi? |
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