A popularidade de Bolsonaro cai na proporção direta do crescimento da carestia. O Auxílio Brasil, versão vitaminada do Bolsa Família, é economicamente necessário e socialmente indispensável. Mas passou a ser tratado por Bolsonaro nos bastidores do governo como uma iniciativa vital para sua sobrevivência. A análise é do colunista Josias de Souza. Segundo ele, a reeleição do presidente está em jogo. O auxílio emergencial, que variava de R$ 600 a R$ 1.200 no ano passado, agora oscila entre o irrisório (R$ 150) e o insignificante (R$ 375). Combinando-se a queda dos valores com a alta da inflação, houve uma perda de 78,7% no valor de compra do vale pandemia. A última parcela da versão mais mixuruca do auxílio será paga em outubro. E Bolsonaro quer colocar no lugar o novo programa de renda mínima. Preocupados com a renovação dos próprios mandatos, parlamentares do centrão sonham com um auxílio de R$ 600. Bolsonaro fala em R$ 400. Paulo Guedes, gestor da chave do cofre, avalia que, por ora, não está assegurado nem o benefício de R$ 300, que considera mais realista. Para colocar o Auxílio Brasil em pé, o Planalto flerta com uma pedalada fiscal: o parcelamento das dívidas judiciais. E derrama suor no Senado para aprovar uma reforma do Imposto de Renda. Seja qual for o resultado do esforço, está entendido que a responsabilidade fiscal foi para o beleléu. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
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