O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, colocado por Bolsonaro no comando da estatal, tostou o presidente para não levar a companhia à fogueira pela segunda vez. A análise é do colunista Josias de Souza. Discursando na celebração dos mil dias de governo, Bolsonaro disse que não é por "maldade" que o dólar e os combustíveis ficam mais caros. Revelou que discutia com o Ministério de Minas e Energia formas de baratear a gasolina. No mesmo dia, o presidente cometeu um sincericídio: "Não há nada tão ruim que não possa piorar." Com o mercado assustado, Silva e Luna convocou os repórteres para informar que nada mudou na política de preços da estatal. Hoje (28), veio o aviso de que o preço do diesel subirá quase 9%. "Ocorre na Petrobras um fenômeno que se repete em todas as áreas do governo Bolsonaro. O presidente gasta mais tempo e energia falando dos problemas do que enfrentando-os", afirmou Josias. Hoje, diesel e a gasolina nas alturas atiçam a inflação. O valor não incomoda apenas os caminhoneiros, mas todos os que precisam encher a geladeira. Para Josias, a carestia intoxica o humor dos brasileiros, roendo a popularidade do presidente. No Brasil, os combustíveis variam conforme a cotação internacional do barril do petróleo. Uma alternativa para atenuar o problema seria criar um fundo para capaz de amaciar os reajustes sem prejudicar o caixa da Petrobras. Mas Bolsonaro prefere transferir suas culpas para os governadores. Acusa-os de cobrar muito imposto sobre os combustíveis. O problema é que o percentual mordido pelos fiscos estaduais permanece igual. O que sobe é o combustível. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário