O empresário Luciano Hang sempre foi um fanático defensor do que o presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado, chama de "tratamento precoce" contra a Covid-19. A mãe de Hang, Regina Hang, contraiu a doença no final do ano passado, foi internada num hospital da rede Prevent Senior em janeiro e morreu no dia 3 fevereiro. Três dias depois, Hang postou um vídeo em suas redes sociais lamentando não ter "feito o (tratamento) preventivo" em sua mãe. O prontuário médico de Regina Hang, no entanto, segundo revelaram os jornais Folha e Estadão, mostra que ela utilizou o kit do tratamento precoce —antes e durante a internação. E que seu filho Luciano Hang tinha ciência disso. Segundo a colunista Thaís Oyama, os fanáticos têm ídolos e seus ídolos estão sempre certos no final — se acaso dão a impressão de estarem errados, é porque ainda não chegaram ao final, diz a bolha. Sabe-se que quanto mais o fanático se compromete com a sua causa (gastando tempo nas redes sociais para propagandeá-la, por exemplo, ou mesmo despendendo dinheiro em seu favor) mais ele se mistura a ela. E quanto mais se mistura a ela, mais esperneará para defendê-la, mesmo diante de provas cabais de que sua crença está errada. Dar o braço a torcer, afinal, desmoralizaria não só a causa, mas ele próprio. Assim, a fim de evitar o ridículo, o fanático faz qualquer coisa para provar que estava certo. Qualquer coisa mesmo" Thaís Oyama Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
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