O preço do gás de cozinha, da gasolina e da luz elétrica tanto pode eleger como pode derrubar o sonho eleitoral de qualquer candidato à presidência. Segundo o colunista Tales Faria, Bolsonaro sabe muito bem disso e de que sua situação política pode piorar já que vem acompanhada de escândalos familiares. O anúncio da nova bandeira tarifária por "escassez hídrica", de R$ 14,20 reais por cada 100 kilowatts-hora pode ser um problema para o presidente. Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato, enfrentou a crise hídrica e um apagão elétrico, que teve como consequência um racionamento, aumento do custo da energia, anúncio de privatizações e queda da popularidade do presidente. FHC não conseguiu eleger seu sucessor. O tucano José Serra foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. A investigação do Ministério Púbico, junto com a CPI, a recessão da economia, a inflação, o aumento de custo da energia e a pandemia, tudo isso derruba a popularidade do presidente da República. E tende a jogar por terra seus sonhos de reeleição. Para Faria, esse é o motivo que faz Bolsonaro começar a enxergar como única solução uma virada de mesa — derrubar todas as peças do xadrez e autoproclamar-se vitorioso, na marra. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
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