O caso Covaxin é, entre todas as bombas já detectadas no Palácio do Planalto, a de maior potencial explosivo até hoje. A opinião é da colunista Thaís Oyama. Resumidamente, um funcionário do ministério da Saúde denunciou ao presidente da República que foi pressionado a autorizar a importação de vacinas que, além de custarem 50% mais que as da Pfizer, estavam com data de validade próxima do vencimento, implicavam pagamento antecipado e não se enquadravam nas regras da Anvisa. Diante da denúncia, Bolsonaro não tomou nenhuma providência clara nem enérgica. A investigação do que já vem sendo profeticamente chamado de Covaxingate mal começou. Mas já está no ar uma pergunta objetiva e crucial à espera de resposta: Bolsonaro determinou que a Polícia Federal investigasse a denúncia feita pelo servidor Luis Ricardo Miranda e seu irmão deputado? "Se não fez isso, prevaricou. Se fez, quem prevaricou foi a PF, na pessoa do seu diretor-geral, Rolando Alexandre", escreveu Thaís. Há no Covaxingate algumas particularidades que trazem o risco de impeachment a Bolsonaro. Na visão de um ex-ministro e arguto estrategista político, a primeira delas é o fato de o episódio envolver dois temas de altíssima sensibilidade para a opinião pública: a suspeita de corrupção e a presença, no centro de tudo, da vacina. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
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