Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Economia+. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. O Bitcoin vem quebrando recordes de cotação ano após ano. Desde junho de 2019, por exemplo, a criptomoeda já subiu 833% para superar os R$ 306 mil em negócios aqui no Brasil. Mas essa trajetória nunca foi suave. A volatilidade, que representa uma forma de medir o risco do ativo, chegou a 69% nesse mesmo período. Para comparar com um mercado de risco mais tradicional, o de ações, o BOVA11, um ETF que reproduz o comportamento do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, teve ganho de 36% nessa mesma janela de tempo, mas com uma volatilidade menor, de 22%, segundo dados compilados no Mercado Bitcoin e na B3 pelo professor de finanças na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP/FGV), Alan de Genaro, PhD em matemática aplicada pelo Courant Institute of Mathematical Sciences, da Universidade de Nova York. Nesse cenário, será que vale a pena comprar Bitcoin? E, se sim, quanto ter de Bitcoin na carteira? Veja o que dizem profissionais de mercado. Bitcoin não é para iniciantesA primeira recomendação dos profissionais de mercado é a de que as criptomoedas devem ser consideradas como uma alternativa de investimento para o investidor que já tem uma parte da carteira em renda variável e familiaridade com esse mercado. Para investidores que ainda não têm nada ou muito pouco em renda variável, talvez valha a pena passar por um aprendizado por outros ativos, como fundos multimercados, fundos de ações, ou mesmo ações, antes de entrar em criptomoedas, que apresentam uma volatilidade muito maior, o que pode assustar um investidor iniciante e provocar perdas. Alan De Genaro, economista e professor da FGV Com tantas opções de renda variável, por que Bitcoin? Segundo profissionais de mercado que consideram a criptomoeda uma alternativa válida, dois motivos justificam ter esse ativo na carteira, dentro daquela parte separada para renda variável. Veja abaixo. - Diversificação: O Bitcoin tem uma correlação diferente com a economia na comparação com outros tipos de investimento. A criptomoeda pode subir em momentos em que a Bolsa ou o dólar recuam.
- Tecnologia: O Bitcoin faz parte de uma tecnologia, a de blockchain, uma nova, mais segura e mais eficiente forma de transferir dados, que tem sido adotada por empresas e instituições financeiras. Investir nessa criptomoeda é, então, um meio de colocar uma parte do patrimônio nessa inovação.
Veja aqui como comprar Bitcoin e os cuidados para não cair em golpes Quanto ter de Bitcoin em carteira?Gestores de recursos e consultores financeiros dizem que mesmo no caso de um aplicador com perfil de risco mais agressivo, o Bitcoin deve representar apenas uma pequena parte da carteira. Nossa recomendação é que a fatia do Bitcoin na carteira de investimentos seja de um dígito, ou seja, de 1% a 9%, dependendo do perfil de risco, do mais conservador ao mais arriscado. João Marco Cunha, gestor de portfólio da gestora de recursos especializada em criptomoedas Hasdex Simulações de carteirasVeja aqui uma simulação feira pelo professor de finanças da FGV, Alan De Genaro, considerando dados de mercado das criptomoedas desde junho de 2019, numa carteira de renda variável que tenha Bolsa, representada pelo BOVA11, o ETF que representa o Ibovespa, e Bitcoins. Com que frequência comprar Bitcoin?Profissionais de mercado dizem que o ideal é o investidor ir comprando Bitcoins aos poucos para dessa forma pegar um valor médio da criptomoeda ao longo de um período. Por exemplo, se a pessoa decidiu investir R$ 4 mil reais nesse ativo, ela pode ir comprando R$ 1 mil a cada mês. O investidor pode perder alguma oportunidade de valorização, mas também reduz o risco de entrar no pico e passar por uma queda na sequência. Tentar acertar o momento exato para entrar em Bitcoin é muito difícil porque esse ativo tem muita volatilidade. Filipe Deus da Nobrega, planejador financeiro da Planejar Ele destaca que esse ativo deve ser visto como uma aplicação de longo prazo. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ela pode ser respondida no programa semanal Papo com Especialista, para assinantes do UOL Economia+. Assista ao vivo todas as quartas-feiras, às 12h30, ou reveja os programas transmitidos.
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