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Creatina e Alzheimer — estudo piloto aponta melhora em marcadores de energia do cérebro

Pesquisadores da University of Kansas Medical Center (EUA) acompanharam 20 pessoas com diagnóstico de Alzheimer por 8 semanas usando creatina monoidratada (20g por dia).

O objetivo foi testar se o uso é bem tolerado, enquanto exame de imagem estimou o "estoque de energia" do cérebro —um marcador ligado à capacidade das células nervosas de manterem suas funções quando a demanda aumenta.

Ao final do período, esse marcador de "reserva de energia" aumentou em torno de 11%.

Também apareceram sinais de melhora em testes práticos de memória de curto prazo, atenção e leitura. A adesão ao protocolo foi alta e os efeitos colaterais relatados foram leves (como desconforto gastrointestinal em alguns casos).

É importante destacar que se trata de um estudo piloto sem grupo de comparação (não houve placebo). Isso impede afirmar que a creatina, por si, causou as melhoras observadas.

Mesmo assim, os autores apontam que os resultados justificam ensaios maiores e mais rigorosos no futuro: "Nossos dados sugerem que a suplementação é viável no Alzheimer e traz indícios iniciais que justificam estudos maiores sobre eficácia e mecanismo."

Em termos práticos, a pesquisa reforça uma hipótese: ao ampliar o "combustível rápido" do cérebro, a creatina pode dar suporte a funções como atenção e memória. Para famílias e cuidadores, a mensagem é de cautela e esperança: é um passo inicial, promissor, mas ainda não é uma recomendação clínica estabelecida.

Novos estudos controlados precisarão confirmar o benefício.