Bom dia!
O IBGE divulga logo mais o IPCA de agosto, sob a expectativa de que o mês tenha registrado deflação. As apostas falam em queda de 0,15%, de acordo com dados do Boletim Focus. Mesmo que confirmada a previsão, a inflação em doze meses segue acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com tolerância máxima de 4,5%.
Ainda assim, deve ser uma boa notícia após meses em que o mercado financeiro trabalhava com cenário de preços acima de 5% ao ano.
A melhora nas projeções de inflação tem feito investidores aventar a possibilidade de uma antecipação do ciclo de queda da Selic, hoje em 15% ao ano e no maior patamar desde 2006.
Também nesta quarta, o mercado financeiro acompanha a divulgação dos preços ao produtor nos Estados Unidos, isso sob a expectativa da divulgação da inflação ao consumidor, que sai amanhã.
Por lá, economistas começam a falar de um cenário de estagflação. Trata-se da combinação danosa de inflação elevada com estagnação econômica. Na terça, os EUA divulgaram que foram geradas 900 mil vagas de trabalho a menos do que o esperado no período de um ano encerrado em março de 2025. Revisões nos dados do payroll são recorrentes, mas essa correção foi a maior em vinte anos.
Ainda assim, Wall Street tem adotado a filosofia do copo meio cheio, apostando que os dados fracos do mercado de trabalho vão favorecer os cortes nas taxas de juros. As bolsas americanas renovaram recorde na véspera. Nesta quarta, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq avançam, enquanto o Dow Jones recua. Na Europa, as bolsas também avançam, isso apesar da pressão americana para que os europeus também sobretaxem importações da China e da invasão de drones russos ao território polonês.
O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, opera perto da estabilidade, com viés de queda. Bons negócios.
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