Bom dia!
O dia D das tarifas de Donald Trump chegou e, como era de se esperar, investidores continuam sem clareza de qual deve ser a decisão do governo americano. Não chega a ser surpreendente, dado que o presidente dos EUA tem governado pelo caos.
Nesta quarta, investidores amanhecem redobrando as apostas de que Trump deverá impor uma alíquota universal de 20% sobre produtos importados, sepultando as esperanças de que o dia D fosse também o dia da libertação, quando alguns parceiros comerciais (ou produtos estratégicos) poderiam ser poupados das novas tarifas.
Cálculos feitos por pesquisadores dos EUA tentam mensurar o impacto sobre o consumidor americano. Uma das simulações, feita pela Tax Foundation, estima que, se a alíquota universal de 20% entrar em vigor, isso significa que os americanos passariam a pagar, em média, 2.045 dólares a mais por ano em impostos.
Os futuros das bolsas americanas amanhecem em queda, um movimento previsível para o cenário de incerteza. Essa é a mesma direção dos índices europeus e também a direção vista na Ásia durante a madrugada. O EWZ, que representa a bolsa brasileira nos EUA, opera estável. As tarifas devem ser anunciadas às 17h, pelo horário de Brasília.
Enquanto isso, países se protegem como podem. O Congresso brasileiro deve aprovar a reciprocidade das tarifas em uma medida para retaliar Trump. Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou sua viagem à França para defender a efetiva implementação do acordo Mercosul-União Europeia. Na Ásia, China, Coreia do Sul e Japão negociam um acordo de livre-comércio.
Antes das tarifas, investidores devem tentar se ocupar com o relatório ADP de criação de vagas de trabalho no setor privado dos EUA, usado como prévia das estatísticas oficiais de emprego. No Brasil, o IBGE divulga a produção industrial e há ainda a programação oficial do BC, que celebra sessenta anos de existência. Bons negócios.
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