Bom dia!
Continua a liquidação macabra nos mercados financeiros globais. Os futuros das bolsas americanas abrem a quarta-feira em queda, mesmo sinal das ações europeias. O petróleo começou o dia em queda e virou para o positivo, mas as cotações estão no menor nível desde dezembro do ano passado. A sensação é de que não há para onde correr.
Não há um estopim claro para o azedume dos investidores, mas dá para procurar suspeitos. Ontem, as ações da Nvidia derreteram quase 10%. Para um único dia, é um tombo surreal, que fez a companhia perder US$ 279 bilhões em valor de mercado num único pregão. Isso para uma empresa que já se valorizou mais de 100% apenas em 2024. Nesta quarta, as ações são negociadas novamente em baixa no pré-mercado.
O ajuste de rota de investidores combina duas coisas: a ideia de que é melhor garantir um lucro agora, ante a possibilidade de que a Nvidia perca a supremacia sobre o mercado de chips para IA, e o risco de desaceleração econômica dos EUA (e do planeta) após os altos juros para conter a inflação.
Nesta quarta, investidores analisam o relatório de abertura de novas vagas de trabalho nos EUA, uma espécie de prévia do payroll (o dado oficial de emprego). E ainda terão o livro bege do Fed, documento que compila as condições da economia americana.
Ainda assim, quando investidores entram nessa espécie de efeito manada, a tendência é que os indicadores apenas sejam usados para reforçar os motivos para vender ações – independentemente de o dado ser bom ou ruim.
O Brasil acompanha o massacre. O EWZ, que funciona como pré-mercado da bolsa brasileira em Nova York, também cede nesta manhã de quarta, em linha com a desvalorização das commodities.
A agenda doméstica é relativamente fraca. Investidores acompanham a entrevista que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede à Globonews após o resultado sólido do PIB. E há ainda a divulgação da produção industrial, que tenta mostrar se o terceiro trimestre continua sólido como foi o segundo. Bons negócios.
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