Sete a cada dez estudantes brasileiros de 15 anos não sabem o mínimo esperado de matemática, segundo o Pisa 2022 — principal avaliação de educação básica no mundo. Eles não conseguem fazer contas simples, comparar qual de duas rotas é a maior ou resolver equações básicas, por exemplo. Em outro recorte do levantamento, 8 em cada 10 alunos brasileiros disseram que se distraem com o celular em sala de aula. Eles tiveram um desempenho pior em matemática do que os que não usam o aparelho. O Pisa é aplicado a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne países e parceiros para discutir políticas públicas dedicadas a estimular o desenvolvimento econômico no mundo. São avaliados conhecimentos em matemática, leitura e ciências -nesta edição, a matemática foi o foco. Para o colunista Rodrigo Ratier, os resultados mostram, primeiro, o impacto negativo da pandemia do coronavírus sobre a educação em todos os países, Brasil inclusive. Também comprovam que a persistência do mau desempenho brasileiro é decorrência óbvia do baixo investimento em educação no país. "Há lógica no processo: insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes", conclui. E Josias de Souza lembra que o Brasil participa há duas décadas da avaliação, sob cinco presidentes diferentes, e consegue manter resultados estáveis e ruins. Segundo ele, o Pisa "expõe a raiz do atraso brasileiro", que é nossa "ruína educacional". Rodrigo Ratier: Pisa: esperar resultado diferente fazendo igual é loucura Josias de Souza: Ruína educacional evidencia vocação para a mediocridade |
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