No Brasil, foi divulgado hoje o principal dado econômico da semana no mercado local, o PIB do terceiro trimestre, que ficou estável (0,1%) na passagem do segundo trimestre para o terceiro. Essa é a terceira taxa positiva seguida, após a variação de -0,1% nos últimos três meses do ano passado. Com isso, o PIB, a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está novamente no maior patamar da série histórica e opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Nesta terça-feira (5) o mercado ainda acompanha o PMI composto e do setor de serviços, além da participação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em dois eventos. Ontem, dia de realização de lucros no mercado global e queda no preço das commodities, o Ibovespa fechou o pregão em queda. O dia também foi marcado pelo aumento das taxas dos DIs futuros e pela valorização do dólar ante o real. Nos EUA, os futuros dos principais índices acionários americanos operam em queda. Na agenda econômica do dia, os destaques são os dados de PMIs de novembro, além do número de ofertas de emprego JOLTs em outubro. Ontem o dia foi de realização de lucros no mercado americano, o que acabou contaminando a maioria das bolsas globais, assim como o Ibovespa. Com a queda do S&P 500, Nasdaq e Dow Jones, chamou atenção o fato do Russel 2000, índice de empresas de baixa capitalização, apresentar alta no dia. Em relação as taxas dos títulos públicos de longo prazo dos EUA, houve uma pausa no movimento de queda, com a alta das taxas dos títulos de 10 e 30 anos. Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em alta, em meio a divulgação de dados econômicos. Na Alemanha, o PMI do setor de serviços subiu para 49,2, acima das estimativas da Bloomberg de 48,7. O PMI composto subiu para 47,8, também superando as estimativas de 47,1. No Reino Unidos, o PMI do setor de serviços subiu para 50,9, acima das estimativas de 50,5. O PMI composto subiu para 50,7, superando as estimativas de 50,1. Na Zona do Euro, o PMI do setor de serviços subiu para 48,7, acima das estimativas de 48,2. O PMI composto subiu para 47,6, também superando as estimativas de 47,1. O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,2% em outubro, em linha com as estimativas. Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, seguindo o movimento de realização de lucros global. No Japão, o Nikkei apresentou desvalorização de 1,37%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,91%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi apresentou desvalorização de 0,82%. O Shangai Composto fechou em queda de 1,67%, e o Shenzen Composto caiu 1,95%. Outro fator que pesou sobre as bolsas asiáticas foi a preocupação com a economia da China. Após o fechamento do mercado, a agência classificadora de risco Moody's manteve o rating soberano do país em A1, mas alterou a perspectiva de estável para negativa. A agência citou como ponto de risco o alto endividamento dos governos locais e das empresas estatais. Esse fato pode levar a uma necessidade de apoio financeiro por parte do governo central, o que poderia piorar o quadro fiscal da China. No mercado de commodities, o petróleo opera em alta, com o Brent a US$ 78,73 e o WTI a US$ 73,74. A commodity devolve no início da manhã parte da queda de ontem, mas segue o temor do mercado em relação a demanda por petróleo e as incertezas quanto aos cortes voluntários de produção da OPEP+. O minério de ferro apresentou queda em Dalian, a US$ 136,38. A preocupação com a tentativa do governo chinês de conter o preço pesa sobre o minério no dia de hoje. No corporativo, a PRIO (#PRIO3) divulgou os seus dados de produção e venda no mês de novembro. A companhia produziu no período 99.313 boepd, abaixo dos 100.004 boepd do mês anterior. Segundo a empresa, a produção no campo de Frade foi impactada por dois eventos de paradas de produção, ocasionada por uma instabilidade no sistema de instrumentação. As vendas no período foram de 2.094.088 bbl, abaixo dos 3.095.037 bbl do mês anterior. A Prio explicou que, conforme previsto no JOA com a Repsol Sinopec, esta comercializou 948.969 bbl, o equivalente à sua participação na produção durante o período de março/23 a novembro/23. A SLC Agrícola (#SLCE3) informou via fato relevante que realizou uma alteração em sua área plantada para a safra 2023/24. Segundo a companhia, a alteração se deve aos impactos climáticos causados pelo fenômeno El Niño. A SLC explicou que o cerrado brasileiro vem sofrendo com chuvas abaixo da média histórica e altas temperaturas. Essas condições climáticas foram inadequadas para o desenvolvimento da soja, principalmente no Oeste do Mato Grosso, região mais afetada pela seca. Sendo assim, tendo em vista a otimização do potencial produtivo das culturas, será necessário realizar a descontinuação de 16 mil hectares de soja, com a transferência dessa área, inicialmente projetada para plantio de soja + algodão 2ª safra, para unicamente o plantio de algodão 1ª safra, pois possui melhor potencial produtivo. Além disso, devido ao replantio de 19 mil hectares de soja, a área de do milho 2ª safra sofrerá uma redução de 7,7 mil hectares em relação ao inicialmente projetado. Por fim, a Braskem (#BRKM5) soltou um comunicado ao mercado explicando a situação do evento geológico em Alagoas. Conforme a companhia, as atividades de extração de sal-gema em Alagoas foram encerradas em maio de 2019. Desde então, a empresa vem adotando medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal ("Cavidades). As ações do Plano de Fechamento Definitivo para as 35 Cavidades já atingiram 70% de avanço e a conclusão está prevista para meados de 2025. No contexto do monitoramento preventivo do solo que vem sendo realizado desde 2019, foram registrados recentemente microssismos e movimentações de solo atípicas concentrados no local da Cavidade 18, tendo a Braskem paralisado preventivamente suas atividades de preenchimento de poços na área, assim como as atividades preparatórias para o início do preenchimento da Cavidade 18. A empresa explicou que os dados atuais de monitoramento demonstram que a condição de movimentação do solo segue concentrada na área da Cavidade 18. A empresa ressaltou que segue mobilizada e monitorando a situação de forma ininterrupta com as autoridades competentes. ************ Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na segunda-feira (4): Dólar: 1,39%, a R$ 4,948 Euro: 1,00%, a R$ 5,358 B3 (Ibovespa): -1,08 %, aos 126.802,79 pontos NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS O 13° é muito esperado por diversos trabalhadores. Há quem resolva quitar dívidas, pagar contas ou comprar presentes no fim do ano. Mas, para quem quer investir, há diversas opções interessantes no mercado. Veja as alternativas e quanto esse dinheiro vai render em um ano. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo qual é esse fundo, como ele funciona e como investir nele. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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