A final entre Argentina e França foi eletrizante e entrou instantaneamente no rol das maiores decisões de Copas do Mundo de todos os tempos. Naquele domingo, 18 de dezembro, milhões de pessoas ao redor do planeta grudaram os olhos na TV, assistindo à disputa entre dois grandes times, com Messi e Mbappé travando um confronto particular. Aqui no Brasil, a decisão também empolgou, claro, mas é impossível não reconhecer que a Copa do Qatar deixou um gosto ruim na boca do torcedor. A seleção brasileira, ainda líder do ranking da FIFA, amargou outra eliminação precoce nas quartas-de-final. Além da derrota em campo, a Copa evidenciou outras deficiências do futebol brasileiro, da pouca identificação da torcida com os jogadores, quase todos em atividade na Europa, à falta de repertório tático. Embora o peso da eliminação tenha recaído principalmente sobre os ombros do técnico Tite, a CBF – Confederação Brasileira de Futebol – é quem tem mais culpa no cartório. Ao menos essa é a visão de Amir Somoggi, sócio-diretor da Sports Value, agência brasileira de marketing esportivo. "A verdade é que, todas as vezes em que o Brasil foi campeão, foi apesar da CBF" Para o executivo, que também já atuou como consultor de marketing e diretor de empresas como Crowe Horwath e BDO, falta um planejamento a longo prazo que coloque o futebol do país novamente no rumo das vitórias, a exemplo de seleções multicampeãs como Alemanha e França. Em conversa com o Draft, Amir aborda a campanha do Brasil no Qatar, a falta de organização e união dos clubes brasileiros, a venda dos nossos melhores talentos para equipes europeias e a ascensão de times com as melhores gestões financeiras no cenário nacional. |
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