| Leia um trecho da reportagem: " Presidentes moralmente fracos transformaram o presidencialismo de coalizão em governos de cooptação. Lula inovou com as "porteiras abertas". Ministérios e empresas estatais, como a Petrobras, foram partilhados por grupos políticos de diferentes partidos que o apoiavam. Os Correios são um exemplo disso. Quando eclodiu o escândalo do mensalão no primeiro mandato de Lula, em 2005, a estatal estava nas mãos de indicados do PTB, PMDB e PT que, juntos, dividiam aquele butim. Em seu segundo mandato, Lula tratou de manter as "porteiras fechadas" nos Correios – ficou tudo sob os cuidados de um único dono, o PMDB. Porém, como reporto em meu livro 20 Anos de Corrupção, os esquemas de corrupção prosseguiram nos Correios, também durante o segundo governo Lula.
Por sua vez, Bolsonaro inovou com o "orçamento secreto". Megamensalões foram parar nos domínios de deputados e senadores que agiram sem ser incomodados por órgãos de fiscalização e de controle do governo federal. Hoje, chegamos ao ponto de parlamentares esconderem dos eleitores, nas vésperas das eleições, benefícios supostamente levados por eles, os políticos, às comunidades onde esperam ser reeleitos. Qual a lógica de omitir as obras de pavimentação em uma estrada de terra ou deixar de divulgar a entrega de um trator novo para uma determinada comunidade? Contratos superfaturados e compras sobrevalorizadas explicam o sigilo, enquanto o Poder Judiciário, uma vez mais, assiste omisso." | |
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