"Reciclar resíduos é só parte da solução contra poluição plástica"

No que muitos ambientalistas têm classificado como "um momento histórico", a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA, na sigla em inglês) anunciou no início do mês a criação de um comitê de negociação para regular a poluição plástica no planeta.

Apesar de o gesto estar apenas em sua fase embrionária, já que o comitê só anunciará resoluções no fim de 2024, duas questões fundamentais despertaram o otimismo dos atores envolvidos com a causa:

O tratado será, pela primeira vez, juridicamente vinculante, ou seja, vai prever regras globais e penalizações por descumprimento;
A decisão foi tomada por consenso, como era obrigatório, o que significa que os 175 Estados-membros concordaram com a urgência da questão.

Não é para menos. A poluição plástica é dos maiores problemas ambientais da atualidade. Estudo da Fundação Ellen MacArthur com a McKinsey mostrou que até 2050, se nada for feito, os oceanos podem ter mais plástico do que peixes.

Para Thais Vojvodic, responsável pela Rede dos Pactos dos Plásticos da Fundação Ellen MacArthur, estabelecer metas para tratar resíduos não basta. Nesta entrevista a NetZero, ela conta o que é preciso para frear essa poluição.

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