Olá, investidor. Diante da disparada dos preços do barril de petróleo no mercado internacional, a Petrobras (PETR4) anunciou reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas distribuidoras, com aumentos de 18,77%, 24,9% e 16%, respectivamente. O aumento dos preços traz ainda mais pressão para a inflação, que, de acordo com estimativas anteriores à eclosão da guerra entre Rùssia e Ucrânia, já tendia a encerrar 2022 acima do teto da meta. De olho no risco de disparada da inflação e na insatisfação generalizada com o atual nível de preço dos combustíveis, o Congresso retomou as discussões acerca de medidas capazes de fazer com que esses reajustes pesem menos no bolso do consumidor final. Primeiramente, o Senado aprovou, na sessão de quinta-feira (10), por 61 votos a 8, um projeto que cria a Conta de Estabilização dos Preços dos combustíveis (CEP), um fundo com o intuito de conter a alta da gasolina e do diesel. A proposta também prevê a ampliação do auxílio-gás e a criação de um auxílio-gasolina para taxistas e motoristas de aplicativo, com valores que vão de R$ 100 a R$ 300. Em adição a essa medida, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que altera as regras do ICMS que incide sobre os combustíveis. A proposta tem como objetivo evitar o efeito cascata, ou seja, a reincidência de um mesmo tributo sobre um determinado produto ao longo da cadeia de produção. Assim, o ICMS incidirá uma única vez sobre os combustíveis. Além disso, o texto zera, até o fim de 2022, as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre diesel, gás de cozinha e biodiesel. Essas medidas têm gerado controvérsia, mas se torna imprescindível discutir formas de manter os preços dos combustíveis em patamares que não sejam prejudiciais para a conjuntura macroeconômica no presente momento -desde que tais medidas não resultem em uma aceleração da deterioração das contas públicas brasileiras.
Todavia, avalio que a discussão não deve parar por aqui, e, diante dos excelentes resultados que têm sido reportados pela Petrobras, os lucros da estatal devem entrar na mira da classe política em breve. Sendo assim, as ações da companhia devem apresentar fortes oscilações de preço no curto prazo.
Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre os resultados da varejista Via no quarto trimestre de 2021. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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